Zika tem preferência por células-tronco neurais
O vírus da zika tem preferência por infectar células-tronco neurais e a extensão dos danos provocados nessas células é diferente dependendo do momento da infecção. A conclusão é de um estudo realizado por cientistas da Universidade Jonhs Hopkins, nos Estados Unidos, e publicado nesta sexta-feira, 22, na revista científica Cell.
Para realizar o estudo, os cientistas utilizaram organoides cerebrais - popularmente conhecidos como minicérebros -, que mostram em três dimensões como o vírus afeta as células cerebrais.
A técnica de organoides cerebrais vem sendo usada por cientistas brasileiros, liderados pelo pesquisador Stevens Rehen, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e do Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino (IDOR). Em estudo publicado no início de abril na revista Science, eles usaram os minicérebros para concluir que o vírus zika de fato tem capacidade para infectar e matar células cerebrais humanas.
Os organoides são estruturas de tecido cerebral cultivadas em laboratório para mimetizar o órgão em formação. Embora sejam usados há alguns anos, os minicérebros têm uso limitado pelo alto custo e protocolos complexos.
O grupo da Johns Hopkins, liderado por Guo-li Ming e Hongjun Song, produziu uma versão de baixo custo que utiliza uma impressora 3D para fazer o equipamento - chamado de biorreator - que cultiva os minicérebros.
Segundo os autores, os biorreatores e os minicérebros produzidos por eles poderão abrir um novo caminho para o estudo do desenvolvimento cerebral humano, de distúrbios cerebrais e para o teste de novas drogas. "Quando surgiu a crise da zika, nós vimos que tínhamos o sistema perfeito para estudar os impactos do vírus. Já estávamos trabalhando nisso há três anos", disse Song.
Com os biorreatores, os cientistas produziram organoides de três regiões específicas do cérebro: prosencéfalo, mesencéfalo e hipotálamo. Os minicérebros cresceram e sobreviveram por 100 dias. Esse intervalo de tempo permitiu que os cientistas introduzissem a infecção por zika durante diferentes estágios do crescimento, simulando diversos períodos de seu desenvolvimento durante uma gravidez.
Os experimentos 3D confirmaram os resultados de vários outros trabalhos anteriores que já indicavam a preferência do vírus zika por infectar células-tronco neurais e reforçaram os dados clínicos indicando que o desenvolvimento de cérebro é mais vulnerável durante o primeiro trimestre da gravidez.
"Os organoides são muito menores e não geram neurônios de forma eficiente quando são infectados pelo vírus zika. Nos estágios posteriores, ainda se observa uma preferência por infectar as células-tronco neurais, embora os demais neurônios também sofram alguma infecção. A morte celular e a redução da proliferação dos neurônios é consistente com o que vimos nos estudos anteriores", disse Ming. As informações são da Agência Estado.
Pinda: Focos de dengue irão gerar multa
A Prefeitura de Pindamonhangaba multará em até R$ 1.650,80 os proprietários de residências que apresentarem focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya. A lei nº 5902, de 5 de abril deste ano, foi publicada nesta quinta-feira (14).
A proposta é do Departamento de Proteção aos Riscos e Agravos à Saúde da prefeitura e, segundo a administração municipal, foi necessária devido ao aumento da proliferação do mosquito.
"O decreto para regulamentar a lei deverá ser publicado na próxima semana. A partir dessa publicação, os agentes de controle de vetores, que fazem a vistoria nos imóveis, já poderão iniciar os procedimentos", informou a prefeitura em nota nesta sexta-feira (15).
De acordo com o projeto, se constatados criadouros em residência, o proprietário receberá uma notificação com prazo de 24 horas para resolver o problema. Em caso de não cumprimento, será expedida multa, de acordo com o grau da infração.
Para casos de infrações leves, quando é detectado de um a três focos do mosquito, a multa é de cinco UFMPs (Unidades fiscais do município de Pindamonhangaba), o equivalente a R$ 412,70.
As infrações médias, com quatro a seis focos, geram multa de 10 UFMPs, no valor de R$ 825,40. As infrações graves, quando encontrados de sete a nove focos, causam multa de R$ 1238,10 (15 UFMPs) e para as multas gravíssimas, quando são encontrados dez ou mais focos, multa de R$ 1650,80 (20 UFMPs).
"Essa proposta de mudança na legislação, colocando esses valores, não foi elaborada pela questão arrecadatória, e sim para inibir os moradores para que eles possam se conscientizar dos riscos que os criadouros oferecem", explicou o diretor do Departamento de Proteção aos Riscos e Agravos à Saúde. Segundo a prefeitura, a arrecadação das multas será destinada à Secretaria de Saúde.
Denúncia
Além das vistorias realizadas pelos agentes, também poderá ser realizada a denúncia de focos do mosquito, por meio do site da prefeitura - clicando no banner da campanha - ou telefones da ouvidoria: 3644-5651 ou final 52.
Balanço
Até o último dia 15, a cidade registrava 288 casos de dengue e nenhum de zika vírus ou chikungunya. A atualização dos números é realizada todas as sextas-feiras, e pode ser conferida no site da administração municipal.As informações são do Portal Meon.
Casos de H1N1 no Brasil sobem para 1.012
O número de mortes provocadas por H1N1 aumentou 50% em uma semana. Boletim divulgado na manhã desta terça-feira, 19, pelo Ministério da Saúde, com dados reunidos até o dia 9, mostra que 153 pessoas faleceram em virtude de complicações provocadas por esse subtipo de vírus influenza.
No balanço anterior, o número contabilizado era de 102 óbitos. O ritmo do aumento de casos da infecção foi semelhante. Em uma semana, os registros de pacientes com a doença passou de 686 para 1.012, o equivalente a 47%. Um caso é importado, da França.
O aumento de casos foi identificado em todas as regiões do País. Sudeste segue em primeiro lugar, com 758 casos notificados - aumento de 37% em relação ao boletim anterior. No Sul, foram identificados 133 casos, 95% a mais do que identificado semana passada, quando 68 infecções haviam sido contabilizadas. No Centro-Oeste ocorreram 71 casos, e no Nordeste, 33. Norte apresente 16 registros de infecções.
Das mortes registradas, 103 foram identificadas no Sudeste. São Paulo, sozinho, respondeu por 91 dos óbitos da região. No Sul, foram 18 mortes - dez em Santa Catarina, seis no Rio Grande do Sul e duas no Paraná. No Centro-Oeste, foram contabilizadas 17 mortes. O maior registro de mortes aconteceu em Goiás, com nove casos.
Técnicos da Vigilância das Doenças Transmissíveis ouvidos pelo Estado afirmam que os números apresentados no boletim, embora assustem à primeira vista, seguem o perfil esperado para a epidemia. A tendência é de que o número de casos continue a aumentar.
O fato de alguns Estados terem antecipado a vacinação contra influenza entre grupos de risco, avaliam, não é suficiente para interromper o ciclo da epidemia em um período tão curto. A vacina começa a ter efeitos protetores duas semanas depois da aplicação.
Além disso, o principal objetivo da vacinação é evitar número de casos graves, complicações e óbitos. Tal impacto, completam, começará a ser notado nas próximas semanas, quando a cobertura vacinal entre grupos mais vulneráveis aumentar e o grupo já começar a apresentar maior proteção contra o vírus influenza. As informações são da Agência Estado.
Gripe: Vacinação para doentes crônicos
Começa nesta segunda-feira, 18, mais uma etapa da campanha de vacinação contra a gripe em São Paulo. Agora, serão imunizadas pessoas com doenças crônicas e mulheres que deram à luz há menos de 45 dias. Na semana passada, os postos municipais vacinaram 1,032 milhão de crianças menores de 5 anos, idosos e gestantes - 40,4% do público-alvo.
Para receber a vacina gratuitamente, pessoas com doenças crônicas que não são atendidas no posto de saúde municipal devem levar um atestado médico com o Código Internacional de Doenças (CID-10), da Organização Mundial de Saúde (OMS), ou apresentar a receita de um médico que conste o medicamento de uso contínuo. Mães de bebês com até 45 dias devem portar a certidão de nascimento do filho, o cartão gestante ou uma declaração da maternidade onde ocorreu o parto.
Iniciado no dia 11, o programa foi antecipado por causa do surto de H1N1 e do aumento de mortes no Estado. O número de mortos subiu de 70 para 91 em uma semana, segundo balanço da Secretaria Estadual da Saúde divulgado nesta sexta-feira, 15. O índice é nove vezes superior a todos os casos registrados em 2015, quando houve dez mortes.
No sábado, 16, o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha, orientou que as pessoas que fazem parte do público-alvo da campanha tentem se vacinar no fim da manhã ou à tarde, períodos considerados mais tranquilos. Nas 87 UBSs integradas a unidades da Assistência Médica Ambulatorial (AMA), o horário de funcionamento da sala de imunização é das 7 às 19 horas durante a semana e aos sábados. Nas demais UBSs é possível se vacinar só até as 17 horas.
Na próxima segunda-feira, 30, a campanha de vacinação contra a gripe entra na sua última fase, destinada à população em geral, mas os grupos de risco continuam tendo prioridade.
São José tem 70 suspeitas de H1N1
O número de pacientes com suspeita de terem contraído Gripe A em São José dos Campos dobrou no prazo de apenas uma semana. São agora 70 casos, de acordo com balanço que foi divulgado ontem pela Secretaria de Saúde. Até o último dia 7, eram 36 suspeitas.
A maior cidade da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte também tem uma morte com sintomas parecidos com o H1N1 e que está sendo investigada.
Já em Taubaté, desde janeiro último foram feitas 60 notificações de casos compatíveis com SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) no município, de acordo com a Vigilância Epidemiológica.
Atualmente, há 20 pacientes internados em hospitais, dos quais dois exames deram negativo para Influenza, segundo nota oficial encaminhada ontem pela prefeitura.
Até agora, não foram registrados casos confirmados de H1N1 na cidade, mas a Vigilância Epidemiológica reforçou as orientações quanto ao tratamento com Tamiflu a pacientes com suspeita da doença.
Em função dos estoques reduzidos, estão priorizados os quadros mais graves de pacientes internados nos hospitais. No início deste mês, Taubaté recebeu lote de 2.500 comprimidos de Tamiflu, suficientes para tratar250 pacientes.
Mortes
Subiu para oito o número de mortes com suspeita de Gripe A. O último caso é de um idoso de 70 anos, que morreu na última segunda-feira em Caçapava. Com isto, duas mortes estão sendo investigadas na cidade. As outras são em São José, Taubaté, Pindamonhangaba, Caraguatatuba e Ubatuba.
OMS confirma que zika causa microcefalia
A Organização Mundial da Saúde (OMS) chancela as declarações das autoridades médicas americanas apontando para o fato de não haver mais dúvidas de que é o vírus da zika que causa a microcefalia. Na quarta-feira, 13, o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) indicou não haver mais dúvidas quanto a relação entre os dois. "Estudos publicados nesta semana marcam um ponto de virada na epidemia de zika. Agora está claro que o vírus causa microcefalia", disse o diretor do CDC, Tom Frieden, em comunicado à imprensa.
Nesta quinta-feira, 14, a OMS voltou a confirmar a declaração. "Existe forte consenso científico de que o vírus da zika é a causa da microcefalia, da Síndrome de Guillain-Barré e de outras desordens neurológicas", apontou. No dia 31 de março, a partir de documentos da OMS, o Estado havia revelado a nova postura da entidade.
Agora, a entidade dá detalhes dessa mudança. "A onda de estudos apoia a conclusão de que existe uma associação entre o zika e a microcefalia", explicou. Até março, a entidade apenas dizia que existiam "evidências". Agora, existe um "consenso científico".
Em uma nota à imprensa, a OMS indicou que os cientistas ainda não excluem a possibilidade de que "outros fatores possam se combinar com o vírus do zika para causar as desordens neurológicas". Nesse caso, porém, a entidade alerta que "mais pesquisa é necessária antes que qualquer conclusão seja feita".
A agência de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU) lembrou que a Guillain-Barré e a microcefalia podem ser geradas por "uma série de fatores", incluindo contato com produtos tóxicos e outras infecções.
"Novos estudos sobre a zika e suas complicações estão sendo publicados diariamente, e o ritmo da pesquisa vai continuar a aumentar", afirmou a OMS. Segundo ela, seus técnicos e entidades parceiras acompanham cada um dos estudos de forma detalhada para identificar qualquer "mudança na direção das evidências". As informações são da Agência Estado.
Casos de dengue chegam a 713 em São José
O número de casos de dengue subiu em São José dos Campos. São agora 713, sendo 632 positivos autóctones (locais) e 81 importados. O aumento foi de 127 novos casos, com 117 novos registros autóctones. Esse crescimento de registros já era esperado pela prefeitura, já que com a decretação de epidemia de dengue os exames de sorologia que eram feitos para identificar a doença foram dispensados.
Assim, todos os casos diagnosticados clinicamente parecidos com os de dengue passam a ser considerados e tratados como registros positivos. No ano passado, a cidade enfrentou a pior crise epidêmica da história com 14.429 casos positivos de dengue, com o registro de dez mortes.
Neste ano, ainda não foi registrada nenhuma morte provocada pela doença.
Outras doenças. Entre as outras doenças também causadas pelo mosquito Aesdes aegypti, apenas o zika vírus avançou na cidade, após um mês sem novos registros.
Foram registrados dois novos casos importados de zika vírus, chegando a um total de 15 casos da doença.
Já os casos de febre chikungunya estão estáveis, com cinco registros até o momento. As informações são do Jornal O Vale.
Sobe para 1.113 casos de microcefalia no País
O número de casos confirmados de microcefalia no Brasil chegou a 1.113, segundo boletim divulgado nesta terça-feira, 12, pelo Ministério da Saúde. Na última semana, estavam confirmados 1.046 casos, o que representa aumento de 6,4%.
De acordo com os dados, desde o início das investigações, em outubro de 2015, até o dia 9 de abril, o País notificou 7.015 casos suspeitos da má-formação - 2.066 foram descartados e 3.836 ainda estão em investigação.
Foram registrados 235 mortes por suspeita de microcefalia ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gravidez. Entre estas mortes, 50 foram confirmados para a má-formação.
Do total de casos confirmados de microcefalia, 189 tiveram teste laboratorial positivo para o vírus zika.
Os registros confirmados de microcefalia ocorreram em 416 municípios brasileiros, de 22 unidades da Federação. Pernambuco lidera em número de casos (312), seguido da Bahia (203) e Paraíba (105).
Gripe A: avanço no Vale esgota estoque de vacina
O avanço na incidência da Gripe A deixou a RMVale em alerta e provocou um corre-corre atrás de vacinas contra a doença na rede particular de saúde. Mas, com a alta procura, o estoque já se esgotou em clínicas de São José e Taubaté e existe fila de espera -- apesar do valor da dose chegar a custar R$ 130.
Só em 2016, o Vale do Paraíba tem quatro mortes suspeitas de Gripe H1N1 -- duas em Pindamonhangaba, uma em São José e outra em Taubaté. Já são mais de 100 casos suspeitos na região.
No início desta semana, a clínica Imunecare, de São José, teve que adotar um esquema especial com a distribuição de senhas para reduzir a fila -- em um só dia o estabelecimento teve 350 pedidos.
Em Taubaté, as clínicas que não têm mais as doses da vacina chegam a receber cerca de 300 ligações diariamente. O VALE entrou em contato sexta-feira por telefone com as clínicas Imunecare e Prontil, em São José, e clínica Leve Vida, de Taubaté. Todas estavam sem estoque contra o H1N1.
Remédio. Além da vacina, o medicamento Tamiflu está tendo alta procura na região. Os baixos estoques de Tamiflu levaram as prefeituras de São José e Taubaté a orientarem as unidades de saúde a respeito da prescrição racional do medicamento.
Na segunda-feira, o secretário de Saúde de São José, Paulo Roitberg, irá se reunir com representantes dos hospitais da cidade, do CRM (Conselho Regional de Medicina) e da APM (Associação Paulista de Medicina) para solicitar que a prescrição seja feita apenas para os pacientes graves.
Campanha.
A vacinação contra o H1N1 na rede pública só deve chegar às cidades do Vale no dia 30 de abril, data marcada para a mobilização nacional de combate à Gripe A.
A campanha de vacinação seguirá até o dia 20 de maio e vai atender o grupo considerado de risco -- crianças com idade entre seis meses e cinco anos, gestantes e puérperas (até 45 dias depois de dar à luz), idosos, índios, profissionais de saúde e pacientes de doenças crônicas.
O Estado recebeu as primeiras doses do governo federal no dia 1º de abril, mas optou por priorizar a capital e cidades da Região Metropolitana de São Paulo.
Surto. De janeiro a 26 de março deste ano, o Brasil registrou 444 casos de H1N1, de acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, com pelo menos 71 mortes.
Procon fiscaliza abuso nos preços
O Procon de São Paulo notificou hospitais e laboratórios a prestarem esclarecimentos sobre denúncias de aumento abusivo do preço da vacina contra a gripe H1N1. Caso seja constatado reajuste abusivo, as empresas poderão ser autuadas. Há denúncias de que houve hospitais e laboratórios privados que reajustaram o preço de R$ 120 para R$ 215. As informações são do Jornal O Vale.