Gripe A: avanço no Vale esgota estoque de vacina

O avanço na incidência da Gripe A deixou a RMVale em alerta e provocou um corre-corre atrás de vacinas contra a doença na rede particular de saúde. Mas, com a alta procura, o estoque já se esgotou em clínicas de São José e Taubaté e existe fila de espera -- apesar do valor da dose chegar a custar R$ 130.

Só em 2016, o Vale do Paraíba tem quatro mortes suspeitas de Gripe H1N1 -- duas em Pindamonhangaba, uma em São José e outra em Taubaté. Já são mais de 100 casos suspeitos na região.

No início desta semana, a clínica Imunecare, de São José, teve que adotar um esquema especial com a distribuição de senhas para reduzir a fila -- em um só dia o estabelecimento teve 350 pedidos.

Em Taubaté, as clínicas que não têm mais as doses da vacina chegam a receber cerca de 300 ligações diariamente. O VALE entrou em contato sexta-feira por telefone com as clínicas Imunecare e Prontil, em São José, e clínica Leve Vida, de Taubaté. Todas estavam sem estoque contra o H1N1.

Remédio. Além da vacina, o medicamento Tamiflu está tendo alta procura na região. Os baixos estoques de Tamiflu levaram as prefeituras de São José e Taubaté a orientarem as unidades de saúde a respeito da prescrição racional do medicamento.

Na segunda-feira, o secretário de Saúde de São José, Paulo Roitberg, irá se reunir com representantes dos hospitais da cidade, do CRM (Conselho Regional de Medicina) e da APM (Associação Paulista de Medicina) para solicitar que a prescrição seja feita apenas para os pacientes graves.

Campanha.

A vacinação contra o H1N1 na rede pública só deve chegar às cidades do Vale no dia 30 de abril, data marcada para a mobilização nacional de combate à Gripe A.

A campanha de vacinação seguirá até o dia 20 de maio e vai atender o grupo considerado de risco -- crianças com idade entre seis meses e cinco anos, gestantes e puérperas (até 45 dias depois de dar à luz), idosos, índios, profissionais de saúde e pacientes de doenças crônicas.

O Estado recebeu as primeiras doses do governo federal no dia 1º de abril, mas optou por priorizar a capital e cidades da Região Metropolitana de São Paulo.

Surto. De janeiro a 26 de março deste ano, o Brasil registrou 444 casos de H1N1, de acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, com pelo menos 71 mortes.


Procon fiscaliza abuso nos preços

O Procon de São Paulo notificou hospitais e laboratórios a prestarem esclarecimentos sobre denúncias de aumento abusivo do preço da vacina contra a gripe H1N1. Caso seja constatado reajuste abusivo, as empresas poderão ser autuadas. Há denúncias de que houve hospitais e laboratórios privados que reajustaram o preço de R$ 120 para R$ 215. As informações são do Jornal O Vale.

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