SUS passará a custear novo remédio para tratamento de neuroblastoma

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) recomendou nesta quinta-feira (5) a incorporação do medicamento betadinutuximabe ao tratamento do neuroblastoma de alto risco. Isso significa que o remédio passará a ser custeado e distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A condição para o tratamento é a de que o paciente tenha sido previamente tratado com quimioterapia e alcançado pelo menos uma resposta parcial, seguida de terapêutica mieloablativa e transplante de células tronco.
 
 
O pedido de incorporação do medicamento foi submetido à Conitec em janeiro deste ano pelo laboratório farmacêutico Recordati, que comercializa o remédio com o nome Qarziba.
 
O neuroblastoma é o terceiro tipo de câncer infantil mais recorrente, depois da leucemia e de tumores cerebrais. O remédio, que custa cerca de R$ 2 milhões, é indicado para casos de alto risco ou recidiva e já foi utilizado em mais de mil pacientes de 18 países. Segundo o fabricante, ele melhora a sobrevida, aumenta a probabilidade de cura e reduz o risco de a doença voltar.
 
Em janeiro deste ano, uma campanha de arrecadação de recursos para o tratamento de Pedro, filho do indigenista Bruno Pereira, chamou a atenção para a urgência da incorporação do betadinutuximabe ao SUS. Em apenas três dias, a campanha alcançou a meta, mas a família de Pedro se uniu a outras famílias que também vivenciam a dificuldade de acesso aos remédios para o tratamento do neuroblastoma.
 
Na reunião da Conitec desta quinta-feira também foi aprovada a incorporação ao SUS de novos remédios para doença pulmonar obstrutiva crônica. Confira as demais deliberações da comissão aqui.
 
Agência Brasil
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Foto: © Tomaz Silva/Agência Brasil

Casos de rinovírus e covid-19 crescem no país, aponta Fiocruz

As internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram em Goiás, Bahia, Paraíba, Sergipe e São Paulo. Em Goiás, a principal causa é a covid-19 entre a população idosa. Nos demais estados, a maior ocorrência é de rinovírus entre crianças e adolescentes de 2 até 14 anos de idade. Os dados estão no Boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (22) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
 
Em relação às capitais, sete apresentam crescimento nos casos de SRAG: Aracaju, Brasília, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Salvador e São Paulo. A análise é referente à Semana Epidemiológica 33, do período de 11 a 17 de agosto.
 
Nos dados nacionais, os casos de SRAG oscilaram na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e há indícios de aumento na de curto prazo (últimas três semanas). As ocorrências de SRAG por vírus sincicial respiratório (VSR) e influenza A mantêm tendência de queda na maior parte do país. Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, os casos positivos tiveram prevalência de 22,6% por VSR; 19,4% por Sars-CoV-2 (covid-19); 16,3% por influenza A; e 1,8% por influenza B.
 
Sobre o aumento dos casos de covid-19, a pesquisadora Tatiana Portela, do Programa de Processamento de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) e do Boletim InfoGripe, reforça a importância da vacinação em dia para todas as pessoas dos grupos de risco.
 
“Apesar dos casos de influenza A estarem diminuindo em todo o país, geralmente agora é a época em que a influenza B começa a aumentar. Por isso, é importante também que todos estejam em dia com a vacinação contra a influenza”, recomenda a pesquisadora.
 
No ano epidemiológico 2024, foram notificados 115.152 casos de SRAG. Desse total, 55.912 (48,6%) tiveram resultado laboratorial positivo, 45.477 (39,5%) negativo, e ao menos 7.499 (6,5%) aguardam resultado. Dos casos positivos, 43,1% são VSR; 19,1% são influenza A; 7,7% são Sars-CoV-2 (covid-19); e 5% são influenza B.
 
Nas últimas oito semanas epidemiológicas, a incidência e mortalidade semanal média mantêm o cenário de maior impacto nos extremos das faixas etárias. Entre as crianças até 2 anos de idade, a incidência e mortalidade de SRAG são causadas em maior parte pelo VSR e do rinovírus. Entre os maiores de 65 anos de idade, a incidência e a mortalidade de SRAG por covid-19 já se aproxima da incidência e mortalidade por influenza A.
 
Agência Brasil
Marcelo Camargo/Agência Brasil

OMS mantém pólio como emergência global

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta terça-feira (13) que decidiu manter a poliomielite como emergência em saúde pública de interesse internacional. Em nota, a entidade destacou que um comitê de emergência analisou os dados disponíveis sobre a circulação do vírus, sobretudo nos seguintes países: Afeganistão, Etiópia, Guiné Equatorial, Quênia, Mali, Níger, Paquistão, Senegal e Somália.

“O comitê concordou, por unanimidade, que o risco de propagação internacional do poliovírus continua a configurar uma emergência em saúde pública de importância internacional e recomendou a prorrogação de orientações temporárias por mais três meses”, destacou a OMS no documento.

Dentre os fatores levados em consideração estão:

- Vacinação de rotina fraca: muitos países possuem sistemas de imunização fracos e que podem ser ainda mais afetados por emergências humanitárias, incluindo conflitos. O cenário, segundo a OMS, representa risco crescente, já que as populações dessas localidades ficam vulneráveis ​​a surtos de poliomielite.

- Falta de acesso: a inacessibilidade continua a representar um grande risco para o combate à pólio, especialmente no norte do Iêmen e na Somália, onde existem populações consideráveis ​​que não foram alcançadas pela imunização contra a poliomielite durante longos períodos (mais de um ano).

Poliovírus selvagem

Desde a última reunião do comitê de emergência, há três meses, 12 novos casos de poliovírus selvagem foram notificados, sendo cinco no Afeganistão e sete no Paquistão, elevando para 14 o total de casos registrados em 2024. As amostras de ambiente que testaram positivo para o vírus no Paquistão passaram de 126 ao longo de 2023 para 186 este ano, enquanto no Afeganistão, o salto foi de 44 para 62 casos positivos no mesmo período.

Poliovírus derivado da vacina

Já os casos do chamado poliovírus circulante derivado da vacina, em 2024, chegaram a 72, sendo 30 registrados na Nigéria. Há, segundo a OMS, dois novos países que reportaram casos desse tipo desde a última reunião do comitê de emergência: Etiópia e Guiné Equatorial. A maioria dos casos foi importada do Sudão e do Chade.

Esse tipo de manifestação da doença acontece porque a vacina oral contém o vírus ativo, mas enfraquecido. A dose faz com que o organismo humano produza uma defesa imunológica contra a doença e o vírus enfraquecido se multiplica no intestino da criança, sendo eliminado pelas fezes.

Em locais com saneamento precário, o vírus enfraquecido eliminado dessa forma pode contaminar outras pessoas, o que não é de todo mal já que, com isso, elas adquirem imunidade. A cepa não encontra mais hospedeiros e desaparece do meio ambiente. O problema é quando isso acontece em regiões com baixa cobertura vacinal para a pólio, onde o vírus pode continuar circulando livremente, atingindo crianças suscetíveis ou que não foram imunizadas.

De acordo com a OMS, Argélia, Costa do Marfim, Egito, Guiné Equatorial, Gâmbia, Libéria, Moçambique, Senegal, Serra Leoa, Sudão, Uganda e Zimbábue detectaram o poliovírus circulante derivado da vacina em amostras de ambiente, mas sem casos confirmados para a doença.

Em 2023, foram confirmados 527 casos de poliovírus circulante derivado da vacina, sendo 224 (43%) na República Democrática do Congo.

Faixa de Gaza

Após a reunião do comitê de emergência, em 8 de julho, a OMS foi informada sobre a detecção de poliovírus circulante derivado da vacina em seis amostras ambientais colhidas na Faixa de Gaza. Todas as amostras ambientais positivas foram recolhidas em 23 de junho de 2024. “Já estão em curso esforços, em todos os níveis, para montar uma resposta a esse surto”, destacou a entidade.

Na semana passada, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que vai enviar mais de 1 milhão de doses contra a pólio para a Faixa de Gaza. As vacinas devem ser administradas em cerca de 600 mil crianças de até 8 anos ao longo das próximas semanas.

Em seu perfil na rede social X (antigo Twitter), Tedros informou que a OMS – em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na sigla em inglês) – planeja executar duas rodadas de campanha de vacinação contra a pólio na região.

“Precisamos de absoluta liberdade de circulação de profissionais de saúde e do equipamento médico para realizar essas operações complexas com segurança e eficácia”, informou. Segundo Tedros, a detecção do vírus da pólio em amostras de esgoto colhidas na Faixa de Gaza é um sinal claro de que a doença tem circulado na região, colocando em risco crianças não vacinadas.

“Um cessar-fogo ou, pelo menos, dias de tranquilidade durante a preparação e a execução das campanhas de vacinação são necessários para proteger as crianças em Gaza contra a pólio”, completou o diretor-geral da OMS.

Para a entidade, crianças com menos de 5 anos correm maior risco de contrair pólio em Gaza – sobretudo bebês de até 2 anos, uma vez que as campanhas de vacinação de rotina foram interrompidas em razão de quase dez meses de conflito na região.

Além da pólio, a OMS relatou aumento generalizado de casos de hepatite A, diarréia e gastroenterite, à medida em que as condições sanitárias se deterioram em Gaza, com o esgoto sendo derramado em ruas próximas a acampamentos destinados a pessoas deslocadas.

A doença

Transmitido principalmente por via fecal-oral, o vírus da pólio é classificado como altamente infeccioso, capaz de invadir o sistema nervoso central e causar paralisia. A estimativa é que uma em cada duzentas infecções leve à paralisia irreversível, geralmente das pernas. Entre os acometidos, 5% a 10% morrem por paralisia dos músculos respiratórios.

Os casos da doença em todo o mundo diminuíram 99% desde 1988, passando de 350 mil para seis casos reportados em 2021, em razão de campanhas de vacinação em massa. Esforços ainda são necessários para erradicar o vírus por completo do planeta.

A pólio figura atualmente como a única emergência em saúde pública de importância internacional mantida pela OMS. Na semana passada, entretanto, a entidade convocou o comitê de emergência para avaliar o cenário de surto de mpox na África e o risco de disseminação internacional da doença.

 

Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Agência Brasil Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Brasil tem capacidade para enfrentar futuras pandemias, diz ministra

“A próxima pandemia pode vir de qualquer lugar”. Essa é a mensagem de alerta da Cúpula Global de Preparação para Pandemias, evento internacional que uniu especialistas de várias partes do mundo no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (29). O encontro funciona como uma troca de experiências sobre enfrentamento de doenças que podem ser alastrar, como a covid-19, que deixou mais de 7 milhões de mortos no planeta.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, garantiu que o Brasil é capaz de participar da Missão 100 Dias, união de esforços para desenvolver, produzir e distribuir vacinas e tratamentos mundialmente dentro de pouco mais de três meses.

Esse prazo representa um terço do tempo que levou para ser criada uma vacina contra a covid-19 e que poderá interromper uma nova pandemia ainda no início, poupando vidas.

“Sem dúvida o Brasil tem condições de adotar esse objetivo. O Brasil é parte desse esforço e nós retomamos uma agenda que as instituições de pesquisas científicas levantaram com muita força”, disse a ministra.

Segundo ela, o Brasil, que enfrentou adversidades durante a pandemia de covid-19 e acumulou mais de 700 mil mortes, tem no atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva bases na ciência, tecnologia e esforços industriais que abrangem a área da saúde.

Nísia Trindade citou o Complexo Econômico Industrial da Saúde – conjunto de investimentos que incentivam a produção de medicamentos, insumos e vacinas, parte da Nova Indústria Brasil, política industrial do governo federal.

Para a ministra, o preparo do país para o enfrentamento de futuras pandemias deve ser visto como política de Estado, e não apenas de governo.

Nísia frisou a importância da troca de experiência e conhecimento entre países e defendeu ainda que o esforço seja com equidade, dando “acesso e desenvolvimento da produção local [de vacinas e tratamentos] não só no Brasil, mas nos países em desenvolvimento, em um esforço organizado”.

Nísia entende que é preciso protagonismo do Sul Global (conjunto de países emergentes). “Não é possível pensar em proteção de forma equitativa sem a participação dos nossos países”, afirmou.

“É hora de traduzir equidade e solidariedade em ações concretas para garantir acesso junto a produtos para o enfrentamento a pandemias e outras emergências de saúde”, disse a ministra, acrescentando que é preciso também preocupação com doenças negligenciadas, como as arboviroses. Este ano, por exemplo, o Brasil enfrentou epidemia de dengue, com mais de 6 milhões de casos e 4,8 mil mortes.

A presidente da Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi), Jane Halton, explicou que a Missão dos 100 Dias não é apenas uma questão de velocidade na resposta. Inclui também equidade na disponibilização dos recursos. “É sobre proteger todas as pessoas de novas doenças antes que tenham as vidas delas e de familiares destruídas.”

A presidente da Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (Cepi), Jane Halton, explicou que a Missão dos 100 Dias não é apenas uma questão de velocidade na resposta. Inclui também equidade na disponibilização dos recursos. “É sobre proteger todas as pessoas de novas doenças antes que tenham as vidas delas e de familiares destruídas.”

Parceria para vacinas

O encontro da Cúpula Global de Preparação para Pandemias termina na terça-feira (30). Essa é a segunda edição do evento. A primeira foi em Londres, em 2022.

No evento desta segunda-feira foi anunciada uma parceria da Cepi com a Fiocruz para a produção de vacinas que poderão ser distribuídas para países da América Latina, em caso de nova pandemia.

Segundo o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, o acordo faz parte de um esforço global para “um mundo mais equilibrado no acesso a vacinas”.

“Não há condição de apenas os países do Norte produzirem vacina para o mundo. Não deu certo na [pandemia de] covid-19. Então a ideia é também incluir país do Sul Global, onde a Fiocruz terá destaque nisso”, declarou.

Por meio de uma mensagem gravada em vídeo, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou a liderança da ministra Nísia Trindade em colocar o tema preparação para pandemia como uma das prioridades do mandato brasileiro na presidência do G20 (grupo que reúne as 19 maiores economias do país mais a União Europeia e União Africana).

Segundo a autoridade máxima da OMS, uma próxima pandemia “não é questão de se, mas de quando”. Ele manifestou o desejo de que não sejam repetidos erros cometidos na pandemia de covid-19.

“Temos ainda um longo caminho antes de poder dizer que o mundo está verdadeiramente preparado para a próxima pandemia. Mas, junto, estamos fazendo um mundo mais preparado do que antes”, definiu.

 

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Agência Brasil Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Inmet emite aviso de baixa umidade para São Paulo

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu, nesta quarta-feira (24), um alerta laranja de baixa umidade para quase todo o estado de São Paulo. O alerta laranja indica uma situação de perigo, crítica ou de alto risco para uma determinada condição climática.

De acordo com o Inmet, desde o meio-dia de hoje, a umidade relativa do ar no estado de São Paulo pode variar entre 20% e 12%, indicando situação de risco para a população. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que a situação é de alerta quando a umidade relativa do ar cai para menos de 30%.

Na capital paulista, a umidade relativa do ar deve oscilar entre 40% e 30%, informou o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE). “Alerta-se ainda que o tempo seco e estável dificulta a dispersão de poluentes, além de favorecer a formação de queimadas, o que prejudica a qualidade do ar”, informou o órgão.

De acordo com o CGE, o mês de julho registrou apenas 47 milímetros (mm) de chuva até o momento na capital paulista, volume pouco acima da média histórica para o mês, que é em torno de 41,4 mm.

Dicas

Por causa da baixa umidade do ar, o Inmet aconselha a população paulista a aumentar sua hidratação, ingerindo água, suco natural ou água de coco.

Outras dicas são fazer refeições leves, preferindo frutas e legumes, e usar soro fisiológico para hidratar as vias áreas.

Também é importante evitar atividades físicas nas horas mais quentes do dia.

 

 

Agência Brasil
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Agência Brasil Foto: José Cruz/Agência Brasi

Profissionais do SUS terão acesso a prontuário unificado de pacientes

O aplicativo Meu SUS Digital, do Ministério da Saúde, vai permitir que profissionais da saúde possam ter acesso ao prontuário eletrônico unificado, com o histórico de saúde dos pacientes. Os dados poderão ser acessados durante a consulta, em qualquer ponto da rede de serviços em todo o país.
“Até então, o prontuário estava na unidade em que o usuário fazia o seu atendimento. Agora, esse prontuário passa a estar disponível em qualquer ponto da rede em todo o Brasil no contexto de atendimento. Então, no momento em que esse paciente vai ser atendido, o profissional vai conseguir abrir o prontuário dele e ter as informações. Isso garante qualidade e continuidade do cuidado”, explicou a secretária de Informação e Saúde Digital, Ana Estela Haddad, nesta terça-feira (16).
Também foi anunciado hoje o Sumário Internacional do Paciente, que vai possibilitar que, em viagens internacionais, se a pessoa precisar de um atendimento de saúde, ela terá disponível no Meu SUS Digital dados básicos como medicamentos dos quais faz uso, alergias, entre outros, para consulta durante o atendimento.
O compartilhamento de dados é possível por meio da Rede Nacional de Dados em Saúde, que já conta com mais de 1,8 bilhão de registros disponíveis. O aplicativo Meu SUS Digital é o mais baixado na categoria saúde entre aplicativos gratuitos, com mais de 50 milhões de download e 4,5 milhões de usuários ativos.
Telessaúde
O Ministério da Saúde ainda anunciou hoje a implantação do primeiro ponto de telessaúde em um território quilombola, no Pará, que vai beneficiar a comunidade do Quilombo Boa Vista.
Um ponto de telessaúde também foi instalado no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, com qualificação de equipes e envio de equipamentos. A ideia é que essa seja uma base para expandir a iniciativa em periferias urbanas e rurais de outras regiões do país.
A telessaúde é uma das ações estruturantes do SUS Digital que permite ampliar o acesso à diagnósticos e consultas especializadas. Nos últimos dois anos, foram realizadas 4,6 milhões ações de telessaúde (teleatendimento e telediagnóstico).
Segundo o Ministério da Saúde, o governo federal vai oferecer incentivo de R$ 464 milhões para realizar ações de transformação digital em todas as regiões do Brasil.
 
 
Agência Brasil
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Agência Brasil Foto: © Elza Fiuza/ Agência Brasil

Farmácia Popular passa a oferecer 95% dos medicamentos gratuitamente

A partir desta quarta-feira (10), 95% dos medicamentos e insumos fornecidos pelo Programa Farmácia Popular passam a ser distribuídos de forma gratuita. De acordo com o Ministério da Saúde, remédios para tratar colesterol alto, doença de Parkinson, glaucoma e rinite, por exemplo, já podem ser retirados de graça em unidades credenciadas. 

A lista completa de medicamentos e insumos disponibilizados pode ser acessada aqui. Já a lista de farmácias e drogarias credenciadas ao programa pode ser acessada aqui. A expectativa da pasta é que cerca de 3 milhões de pessoas que já utilizam o programa sejam beneficiadas. “Em média, isso pode gerar uma economia para os usuários de até R$ 400 por ano”. 

Entenda

O Farmácia Popular oferta, atualmente, 41 itens entre fármacos, fraldas e absorventes. Até então, somente medicamentos contra diabetes, hipertensão, asma e osteoporose, além de anticoncepcionais, eram distribuídos de forma gratuita. 

Para os outros remédios e insumos, o ministério arcava com até 90% do valor de referência e o cidadão pagava o restante, de acordo com o valor praticado pela farmácia. Com a atualização, 39 dos 41 itens de saúde distribuídos podem ser retirados de graça.

O programa

O Farmácia Popular foi criado em 2004 com o objetivo de disponibilizar medicamentos e insumos de saúde. No ano passado, passou a incluir remédios para osteoporose e anticoncepcionais e, este ano, adotou também a distribuição de absorventes para pessoas em situação de vulnerabilidade e estudantes da rede pública. 

Dados do governo federal indicam que o programa está presente em 85% dos municípios brasileiros, cerca de 4,7 mil cidades, e conta com mais de 31 mil estabelecimentos credenciados em todo o país, com capacidade para atender 96% da população brasileira. “A expectativa do Ministério da Saúde é universalizar o programa, cobrindo 93% do território nacional”. 

“Já foram credenciadas 536 novas farmácias em 380 novos municípios de referência do Programa Mais Médicos, com 352 cidades do Norte e Nordeste recebendo a primeira unidade cadastrada. Para alcançar a meta, o credenciamento de novas farmácias e drogarias foi aberto em 811 cidades de todas as regiões do país, com prioridade para os municípios que participam do Mais Médicos – uma estratégia que visa a diminuição dos vazios assistenciais.”

 

Agência Brasil
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Pinda faz captura noturna de escorpiões e envia ao Butantã para produção de soro

Pinda faz captura noturna de escorpiões e envia ao Butantã para produção de soro

Uma das equipes do Programa de Controle de Escorpiões em Pindamonhangaba esteve no Portal dos Eucaliptos, em Moreira César, na última semana, para ações de captura noturna. Na ocasião foram capturados 43 animais e encaminhados ao Instituto Butantã para produção de soro antiescorpiônico.
O coordenador do programa de Controle de Vetores de Pindamonhangaba, Ricardo Costa Manso, explicou que “o objetivo das buscas ativas noturnas é diminuir a população desses aracnídeos e criar alerta para a população se defender por meio de saneamento ambiental (dedetização) e correções simples e práticas em sua moradias, como vedação de ralos e caixas de gordura, retirada de entulhos, barreiras mecânicas e principalmente limpeza”.
Ele ressaltou que o município não faz controle químico de escorpiões, mas orientou proprietários de imóveis com aparecimento de escorpiões a realizar a dedetização, caso o cumprimento do protocolo para evitar o aparecimento dos animais não solucione o problema. “Muitas vezes a simples limpeza do quintal, com eliminação de itens insenvíveis, remoção de tijolos, telhas, madeiras e entulhos de forma geral que ficam alojados, bem como a vedação de ralos e frestas em parede resolve a questão do escorpião. Nestes casos não é necessária a dedetização, mas se o proprietário puder fazer, será melhor”.
Ricardo Costa Manso destacou que “as buscas ativas são feitas em locais com grandes infestações verificadas nos trabalhos de rotina e feita por equipe que trabalha em horário diferenciado. Não se trata de uma ação constante, pois é desenvolvida em situações específicas e segue as recomendações do Ministério da Saúde e Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo”.
Ele ainda informou que a equipe faz atendimentos aos acidentados, orienta a população do local e entorno, faz busca ativa de escorpiões adultos e verifica condições ambientais que proporcionam as infestações, além de informar às pessoas as ações de correção em seu imóvel e também aos setores públicos que podem eventualmente ter relação.
Reclamações sobre aparecimento de escorpiões devem ser feitas via 1 DOC ou E-ouve e Ouvidoria.

Prefeitura anuncia mudança na gestão do Pronto-Socorro a partir de agosto

Prefeitura anuncia mudança na gestão do Pronto-Socorro a partir de agosto

A Prefeitura de Pindamonhangaba anunciou, na última semana, que a gestão administrativa do Pronto-Socorro sofrerá mudança com a conclusão do Chamamento Público 04/22 e, a partir de agosto, passará a ser de responsabilidade da empresa Fênix do Brasil Saúde. O novo contrato entre a Secretaria de Saúde do município e a nova organização social foi assinado no último dia 21 de junho e tem prazo de seis meses, podendo ser prorrogado no limite de 5 anos.
Para alinhar as novas mudanças na gestão administrativa e a melhoria na qualidade dos serviços de pronto atendimento à população do município, foi realizada no último dia 26 de junho, uma reunião entre a secretária Silvia Mendes e sua equipe técnica com a nova empresa, através da gestora Maria Luiza e diretores Eliana Girotto, Fabrício e Fábio.
Durante o encontro foram discutidos aspectos do novo contrato que trarão melhorias para o atendimento público, como inclusão de novos especialistas médicos em atendimento à distância com objetivo de dar mais agilidade na conclusão do diagnóstico dos pacientes e foi ressaltado ainda para a nova gestão a importância de um acolhimento de mais qualidade para a população.
Atualmente, o Pronto-Socorro trabalha com 220 funcionários registrados pela CLT e outros do corpo médico com regime de trabalho diferenciado. O Pronto-Socorro Municipal realiza uma média de 13 mil atendimentos por mês. Somente em 2023 foram atendidos 112 mil pacientes pelo PS e 31 mil pacientes pelo PS Infantil. O PS Gestante realiza atendimento diretamente na Santa Casa e registrou a passagem de mais de 13 mil gestantes em 2023.
“O Pronto-Socorro, ao longo dos últimos anos, tem sido a grande prioridade da atual gestão e melhorou muito tanto na questão de atendimento com mais profissionais quanto na estrutura fisica. Sabemos que podemos melhorar ainda mais e esse é o objetivo do Dr. Isael com o novo contrato”, explicou a secretária Silvia Mendes.
Sobre a nova empresa
A Fênix do Brasil Saúde é uma associação sem fins lucrativos e filantrópica que oferece serviços gratuitos de assistência social, educação e saúde, incluindo assistência médica e odontológica aos clientes do SUS. A empresa atua desde 2006 desenvolvendo ações de gestão, recursos humanos e atenção básica, média e alta complexidades, urgências/emergências, dentre outras.
“Estamos entrando para realizar um trabalho de qualidade no Pronto-Socorro, atendendo as observações que o prefeito Dr. Isael nos recomendou de qualificar a equipe para um bom acolhimento e prestação de serviços, que é a nossa marca de trabalho por exemplo na UPA 24 horas em Jundiai, onde estamos atuando desde 2019 e em outras ações de gestão de saúde junto a outros governos”, explicou a gestora.

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