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Lei Seca autua motoristas embriagados
O Programa Direção Segura autuou 3 motoristas por embriguez durante operações na Semana Nacional de Trânsito nas cidades de São José dos Campos e Taubaté. As blitze de fiscalização da Lei Seca foram realizadas entre os dias 18 e 25 de setembro.
Em todo o Estado, foram 244 motoristas autuados em 18 operações. Desses 244 condutores, 33 recusaram-se ao teste do etilômetro -popularmente conhecido como bafômetro. Esses responderão na Justiça por crime de trânsito.
Em São José dos Campos, as ações foram realizadas nos dias 19 e 23 de setembro e em Taubaté, as blitze ocorreram no dia 22. Nas duas cidades, 3 motoristas, sendo 1 de São José e 2 de Taubaté, foram autuados por embriaguêz ao volante. Por recusa em se submeter ao teste do etilômetro, foram autuados 7 condutores em Taubaté e 4 em São José. Ainda em Taubaté, um motorista foi autuado por crime de trânsito.
O Programa Direção Segura é coordenado pelo Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP), e visam a prevenção a redução de acidentes e mortes no trânsito causados pelo consumo de álcool combinado com direção. O programa foi lançado no Carnaval de 2013 e integra equipes do Detran.SP, das polícias Militar, Civil e Técnico-Científica.
Fenaban negocia com sindicatos
A Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) atendeu ontem a solicitação feita pelo Comando Nacional dos Bancários e confirmou rodada de negociações para hoje, às 14h, em São Paulo. Na sexta-feira, o Comando havia enviado oficio para solicitar nova reunião.
Hoje, a greve dos bancários ingressa no 15º dia útil, ou 22º dia corrido. Na região, de acordo com Moreira, o movimento grevista fechou 389 agências (97% das 400 existentes nas sete cidades) e conquistou a adesão de 6.570 trabalhadores (quase 100% dos 6.600 funcionários).
PLENÁRIA - Ontem foi realizada plenária organizativa na sede do sindicato no Grande ABC para definir os rumos da paralisação. Em votação, os bancários optaram pela manutenção do ato. “Temos que ter sintonia com a sociedade e mostrar que a culpa pela greve é dos banqueiros, não dos bancários”, apontou o secretário-geral do sindicato, Gheorge Vitti Holovatiuk.
A categoria quer reajuste de 14,78% (inflação de 9,31% mais cinco pontos percentuais de aumento real), enquanto, na última reunião com a Fenaban, foi oferecido aumento de 7% mais abono de R$ 3.300.
O bancários pleiteiam, ainda, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários mais R$ 8.317,90, piso de R$ 3.940,24 (salário mínimo do Dieese), vale-refeição de R$ 40 por dia, vale-alimentação de R$ 880 (atualmente de R$ 652) e auxílio-creche/babá de R$ 880, entre outros.
A Fenaban lembra que os caixas eletrônicos podem ser utilizados para agendamento e pagamento de contas (desde que não estejam vencidas), saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e retirada de benefícios.
Nos correspondentes bancários, como lotéricas, supermercados e Correios, é igualmente possível ter esses serviços.
Outros canais, como internet banking, aplicativo mobile e telefone também estão disponíveis.
Embraer: PDV vai desligar 1.463 funcionários
A Embraer divulgou, nesta segunda-feira (26), a avaliação das adesões ao PDV (Programa de Demissões Voluntárias). Nas cinco unidades do país, 1.463 dos 1.470 empregados inscritos serão desligados a partir da primeira semana de outubro. O Sindicato dos Metalúrgicos de São José e a empresa terão uma reunião nesta segunda.
De acordo com balanço da empresa, os desligamentos representam 99,5% dos que procuraram o programa e foram uma das alternativas para a redução de custos. Em São José dos Campos, cerca de 700 funcionários se inscreveram no programa. A medida, motivada pela crise, faz parte de ações que a fabricante de aeronaves pretende adotar para reduzir as despesas em cerca de US$ 200 milhões ao ano.
Segundo a Embraer, outras ações estão sendo implementadas e os impactos serão dimensionados nos próximos meses. “A Embraer tem ciência de sua relevância para a comunidade e tem atuado com absoluta transparência para superação desse momento desafiador da melhor maneira possível”, informa a nota.
O vice-presidente licenciado do sindicato, Herbert Claros da Silva, afirmou que o programa trará prejuízos às unidades no país. “Somos contrários, pois acreditamos que PDV é demissão e a condição em que a empresa está não necessita. Ela [Embraer] está gerando emprego fora do país e isso acabou excedendo no Brasil”, afirma ao Meon.
Raio-x
A empresa é uma das maiores empregadoras de São José dos Campos, com cerca de 13 mil trabalhadores, e possui unidades em Taubaté, Gavião Peixoto, Sorocaba, Botucatu, Portugal e Estados Unidos.
Sabesp descarta uso de reserva do Cantareira
O fim da seca extrema nos principais reservatórios paulistas ainda em 2015 e o início da temporada chuvosa agora em outubro na região Sudeste levaram a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) a descartar, de vez, um retorno ao volume morto do Sistema Cantareira para manter o abastecimento de água a mais de 7 milhões de pessoas na Grande São Paulo. No domingo, 25, o manancial tinha 44,1% da capacidade, sem incluir a reserva profunda, índice superior ao registrado nessa mesma data em 2013, antes do início da crise hídrica.
Em setembro, a Sabesp rescindiu um contrato de R$ 4 milhões com a empresa responsável pela manutenção das estruturas de captação das águas profundas das represas Jacareí, em Joanópolis, e Atibainha, em Nazaré Paulista, e já deslocou parte das bombas flutuantes usadas na operação emergencial do Cantareira entre 2014 e 2015 para a transferência de água entre dois braços da Represa Billings no sistema de transposição para o Alto Tietê. O contrato com a Penascal Engenharia e Construção terminaria apenas em novembro.
"Diante das atuais condições nos reservatórios e das obras previstas para 2017 que aumentarão a segurança hídrica, não há previsão de utilizar os serviços previstos nos contratos", afirma a Sabesp, referindo-se à entrega da transposição de água da Represa Jaguari, na Bacia do Rio Paraíba do Sul, para a Atibainha, do Cantareira, prevista para abril do ano que vem e do Sistema São Lourenço, que vai abastecer dois milhões de pessoas na região oeste da Grande São Paulo a partir de outubro de 2017, segundo a estatal.
Em março de 2014, a Sabesp gastou cerca de R$ 80 milhões para comprar 17 bombas flutuantes e montar toda infraestrutura necessária para conseguir captar água do volume morto do Cantareira, reserva que fica abaixo do nível mínimo das comportas das represas. A primeira cota começou a ser explorada em maio daquele ano e se esgotou em meados de novembro, quando a companhia já havia investido mais R$ 40 milhões para comprar outras 23 bombas e construir um canal subaquático para captar a segunda parcela do volume morto.
O Cantareira só deixou de operar no vermelho em dezembro de 2015, após o retorno das chuvas no mês anterior. Embora a entrada de água no sistema pelos rios só tenha ficado acima da média em janeiro e junho deste ano, o volume é 74% maior do que a média do ano passado e quatro vezes superior à registrada em 2014, a pior em 86 anos.
Simulação
A última simulação sobre o comportamento do Cantareira divulgada pela Sabesp, em agosto, mostrava que se a seca de 2014 se repetisse nos meses seguintes, o que era considerado improvável, o manancial chegaria em dezembro com 28% da capacidade, sem contar o volume morto.
Para a Agência Nacional de Águas (ANA), o índice mínimo de segurança do sistema nesta época do ano, pré-chuva, era de 20%. Neste mês, o órgão autorizou a Sabesp a captar até 25 mil litros por segundo das represas, 9% a mais do que antes e o suficiente para atender 600 mil pessoas a mais. Foi o primeiro aumento desde fevereiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
TTÉ: Volks acelera produção após PPE
Após mais de um mês de paralisação forçada, a Volkswagen vai praticamente dobrar a produção nas fábricas do país nos meses de outubro e novembro. Segundo apurou o G1, a medida deve impactar principalmente as linhas que produzem modelos populares, como Gol e Up!, ambos fabricados em Taubaté, no interior de São Paulo. A decisão ocorre simultâneamente ao fim do Programa Pró-Emprego (PPE), que terminou neste mês na planta no Vale do Paraíba.
De acordo com o presidente da Volkswagen no Brasil, David Powels, a produção deve ser acelerada em todo país de 30 mil veículos por mês, para 50 mil unidades por período.
A expectativa é reabastecer de maneira mais rápida a rede de concessionárias e o mercado de exportação, afetados pela suspensão das atividades a partir do último mês em todo país - o desabastecimento no mercado atingiria principalmente os modelos populares, que têm maior demanda de compradores.
No Vale do Paraíba, de três concessionárias consultadas pelo G1, uma admitiu que o estoque dos carros de entrada da marca zerou e que a espera do cliente chega a 30 dias.
Produção
A montadora, que tem quatro fábricas no país, mantém sob sigilo os dados de produção por planta, mas segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, em Taubaté as linhas produzem 850 carros por dia.
Com a retomada das atividades na planta na última semana, associada ao fim das quatro folgas mensais concedidas pelo Programa de Proteção ao Emprego, que terminou neste mês, serão produzidos pelo menos 3,4 mil carros extras mensalmente - no comparativo com a média de produção antes do início do do plano pró-emprego, que reduziu jornada de trabalho e os salários dos operários. Não está descartada
Impasse
A produção na multinacional alemã, que estava parada desde 2 de agosto em Taubaté, sendo em um primeiro momento por antecipação das folgas do PPE e depois por férias coletivas, foi retomada no último dia 15.
A suspensão da produção teve início após um impasse comercial com um fornecedor, responsável por, entre outros itens, bancos para a produção.
A Volks preferiu não dar deu detalhes sobre o ajuste com uma nova cadeia de fornecedores para pôr fim ao problema. A empresa ainda trava uma batalha judicial com esse fornecedor para recuperar maquinário.
Linhas
Em Taubaté, a Volks emprega cerca de 4 mil trabalhadores e produz além do Gol e do Up!, também o Voyage.
Em São Bernardo do Campo (SP), a empresa fabrica Gol, Jetta e Saveiro, e retomou as atividades na última terça (20).
Na unidade em São Carlos (SP), são feitos motores da montadora, e em São José dos Pinhais (PR), a família Fox e o Golf. As informações são do G1.
Paralisação dos bancários entra hoje no 13º dia útil
A greve nacional dos bancários, que teve início no dia 6 de setembro, já é a maior da história por conta do número de adesões. Quanto à duração do movimento, a paralisação deste ano, que entra hoje no 13º dia útil, sendo 18 dias corridos, está se igualando aos dois anos anteriores.
Ontem foi o Dia da Paralisação Nacional contra a retirada de direitos, rumo à greve geral. O movimento da categoria aconteceu na Av. Paulista, em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo). A manifestação vai contra a reforma da Previdência e a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 241, que congela os investimentos sociais pelo poder público, em especial nas áreas de Saúde e Educação por 20 anos, além de outras propostas, como a ampliação da terceirização.
A Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) lembra que caixas eletrônicos, internet banking, lotéricas, supermercados e Correios podem ser utilizados para agendamento e pagamento de contas, saques, depósitos e transferências.
Horário de verão tem início em 16 de outubro
À zero hora do dia 16 de outubro, terceiro domingo do mês, tem início o horário de verão 2016/2017 brasileiro. Os relógios deverão ser adiantados em uma hora nas unidades federativas das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Espírito Santo.
Adotado pelo país pela 41ª vez, o horário de verão se estenderá até o dia 19 de fevereiro de 2017, quando os relógios deverão voltar a ser ajustados em uma hora a menos.
Como durante o verão o uso de eletricidade para refrigeração, condicionamento de ar e ventilação aumenta, a estratégia é aproveitar a intensificação da luz natural ao longo do dia durante o verão para reduzir a demanda principalmente no período de pico, entre as 18h e as 21h, ou seja, quando mais pessoas, empresas e indústrias estão utilizando a energia elétrica.
De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), quando a demanda de energia elétrica diminui, as empresas que operam o sistema conseguem prestar um serviço melhor ao consumidor porque as linhas de transmissão ficam menos sobrecarregadas. Para as hidrelétricas, a água conservada nos reservatórios pode ser importante no caso de uma estiagem futura. Para os consumidores em geral, o combustível ou o carvão mineral que não precisou ser usado nas termelétricas evita ajustes tarifários.
No ano passado a economia gerada pelo adiantar dos ponteiros foi de R$ 162 milhões. Além disso, o ONS também afirmou em nota que, caso não houvesse horário de verão, R$7,7 bilhões teriam que ter sido investidos para suprir o atendimento da demanda elétrica no período.
Como surgiu o horário de verão?
No Brasil, o primeiro horário de verão foi realizado entre 1931 e 1932, pelo presidente Getúlio Vargas, com duração de 5 meses. A prática vem sendo adotada sem interrupções desde 1985, com algumas diferenças nos estados que aderem à mudança, e também nos períodos de duração.
A única exceção para o decreto 6.558, de 2008, que define as regras do horário de verão atualmente, ocorre quando o terceiro domingo de fevereiro coincidir com o domingo de Carnaval. Nesse caso, o horário de verão termina no quarto domingo de fevereiro.
A ideia de adiantar a hora oficial em períodos de verão foi lançada em 1784 por Benjamim Franklin, político e inventor americano. O primeiro país a adotar oficialmente o horário de verão foi a Alemanha, em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, para economizar os gastos com carvão.
FUNVIC faz homenagens em Pinda
A FUNVIC – Faculdade de Pindamonhangaba, em parceria com o Comitê de Mobilização Social pela Educação, realizou na noite desta terça-feira, 20 de setembro na Câmara Municipal, a Sessão Solene de abertura da 7ªSemana de Mobilização pela Educação, com o tema "Para a Educação melhorar, Todos devem participar".
Na ocasião, foram homenageadas 10 Escolas Municipais e Estaduais, 33 Famílias da rede estadual e 8 Municipais, 6 Igrejas Evangélicas e 3 ONGS da cidade de Pindamonhangaba, que trabalham com projetos que envolvem os pais de alunos em busca de uma Cultura de Paz.
Segundo o reverendo Cristiano Ferreira, da Igreja Presbiteriana de Pindamonhangaba, “desenvolvemos em nossa igreja atividades com as crianças da igreja e aquelas carentes que são trazidas até nós. Trabalhamos para mostrar a elas o caminho certo a seguir, através da educação e da religião. É uma alegria receber esta homenagem e fico grato pelo reconhecimento de nosso trabalho”, comentou.
Para a Secretária de Educação e Cultura de Pindamonhangaba, Maria Aparecida Pedroso Rocha Pena, “dentro do tema proposto pela Unesco de uma educação para uma cultura de paz para um mundo melhor, acreditamos que a mobilização é de extrema importância para que essa chama em prol de uma educação séria e comprometida não se apague”.
A dirigente de ensino de Pindamonhangaba, Gicele de Paiva Giudice, falou da importância desta mobilização para o município. “Mobilizar a sociedade pela educação é o caminho de mudança na família e na sociedade. Esta é uma oportunidade muito valiosa para que cada vez mais tenhamos famílias envolvidas com a educação dos filhos”.
A família da Lidiane Moreira Gregório foi uma das homenageadas no evento e ela afirmou que foi uma surpresa esse reconhecimento. “Eu e minha família sempre estamos em contato com a escola, temos participado de vários projetos e estamos sempre juntos com instituição de ensino. Esse reconhecimento foi muito gratificante para nós”.
Professor Luís Otávio Palhari, presidente da FUNVIC fala que essa mobilização reúne a sociedade como um todo em busca de uma educação melhor. “Um evento como este reúne as diversas camadas da sociedade em prol de uma educação melhor, de qualidade e de cultura de paz, onde você envolve em uma educação de qualidade princípios, valores e ética cristã. Este reconhecimento é para reforçar e unir as camadas representativas da sociedade e homenagearmos famílias, gestores e educadores no sentido de uma educação de qualidade e para uma cultura de paz. Essa é a missão da FUNVIC, um dos pilares da instituição e onde conseguimos nos desenvolver, acreditando que vamos contribuir na construção de uma sociedade melhor, mais justa e em um país mais sustentável”, finalizou.
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Moro: Justiça rejeita arquivamento de ameaça
A Justiça Federal rejeitou o arquivamento da investigação sobre supostas ameaças ao juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, ditas publicamente pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, durante manifestação na Avenida Paulista. "Nós vamos nos livrar do Moro", disse Freitas, na ocasião.
O juiz Ali Mazloum, da 7.ª Vara Criminal Federal, colega de Moro em São Paulo, indeferiu o arquivamento do procedimento do Ministério Público Federal. Sob argumento de que as palavras do sindicalista representam "liberdade de expressão exercida em meio a paixões políticas", a Procuradoria decidiu dar um fim na apuração.
Mas o juiz não concordou com a medida e mandou enviar o caso para apreciação da Procuradoria-Geral da República, conforme prevê o artigo 28 do Código de Processo Penal.
O artigo prevê que se o procurador, em vez de apresentar denúncia, requerer o arquivamento da investigação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões apresentadas, enviará o inquérito ao chefe do Ministério Público, a quem caberá oferecer denúncia ou designar outro procurador para a missão, ou, ainda, poderá convalidar o arquivamento - neste caso, o magistrado estará obrigado a acatar.
A declaração contra Moro foi proferida pelo presidente da CUT em 18 de março. No palanque montado na Avenida Paulista também estavam o ex-presidente Lula e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT).
Dias antes, Lula havia sido alvo da Operação Aletheia, desdobramento da Lava Jato que interceptou conversas de Lula com a então presidente Dilma Rousseff, ministros, políticos e com o próprio líder da CUT.
"Um golpe, um juiz de toga acha que pode substituir o voto", disse Freitas. "Juiz é pra julgar, quem manda somos nós, que temos voto. Não podemos ter a ditadura do Poder Judiciário. Não podemos ter o que o Moro fez", afirmou Freitas. "Quero lhe dizer, presidente Lula, que o Moro não grampeou o Lula e a Dilma, o Moro grampeou a democracia. O Moro grampeou o estado de direito. O Moro grampeou o Brasil. E nós vamos nos livrar do Moro."
As declarações do sindicalista provocaram a abertura de um procedimento do Ministério Público Federal em São Paulo. O evento foi filmado e postado no canal de vídeos do YouTube.
Na promoção de arquivamento, a Procuradoria destacou que o crime de ameaça dependeria de "representação do ofendido", no caso, Moro, o que não ocorreu. "A manifestação em debate, conquanto grosseira, não constitui crime, sequer em tese, tratando-se de fato atípico", avaliou a procuradora da República Luciana Duarte.
"Não se pode pretender tornar a opinião e a liberdade de expressão como se atitude delituosa fosse, tanto mais, na hipótese muito especial sob exame, quando misturam-se paixões políticas, insufladas, como é notório, por líderes partidários, em um país conflagrado."
Mazloum escreveu. "Entendemos que a frase 'nós vamos nos livrar do Moro' não pode ser analisada em sua literalidade, nem de forma isolada de seu contexto, ou sem considerar as qualidades pessoais do autor do dito", anotou o juiz em sua decisão, de 12 de setembro.
'Coação'
Na ocasião, observa o magistrado, havia investigação em curso com interceptações telefônicas em mais de 30 linhas, "algumas relacionadas a Lula". "As escutas haviam sido autorizadas pelo juiz Sérgio Moro", ressalta. "A manifestação no ato público, tal como realizada e de acordo com o contexto, teve o propósito, em tese, de intimidar o magistrado responsável pela investigação, cujas decisões estavam sendo duramente questionadas e reprovadas."
Na avaliação do juiz federal de São Paulo, o delito não teria sido de ameaça, mas de "coação no curso do processo, cujo tipo penal prescinde de representação". Este crime está previsto no artigo 344 do Código Penal. O juiz ressalta que "as palavras não foram pronunciadas por pessoa simplória ou parva, mas propagadas por uma liderança expressiva, presidente da maior entidade de representação sindical brasileira". "Tal circunstância deve ser sopesada para aquilatar a potencialidade lesiva."
Defesa
Por meio da assessoria de imprensa da CUT, o sindicalista Vagner Freitas informou que não iria se manifestar sobre a decisão do juiz federal Ali Mazloum. Ainda segundo a assessoria, Freitas vai discutir o assunto com seu advogado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
MPF denuncia suspeitos de terrorismo
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou oito pessoas à Justiça Federal por envolvimento com organizações terroristas. Elas foram identificadas antes da realização dos Jogos Rio 2016, em ação da operação Hashtag, deflagrada em julho.
O MPF acusa Alisson Luan de Oliveira, Leonid El Kadre de Melo, Oziris Moris Lundi dos Santos Azevedo, Israel Pedra Mesquita, Levi Ribeiro Fernandes de Jesus, Hortêncio Yoshitake, Luís Gustavo de Oliveira e Fernando Pinheiro Cabral dos crimes de promoção de organização terrorista e associação criminosa. Cinco dos denunciados também vão responder por incentivo de crianças e adolescentes à prática criminosa.
A denúncia foi recebida pelo juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Vara Federal de Curitiba. No documento, o MPF solicita a prisão preventiva dos oito envolvidos na investigação. O juiz federal ainda não emitiu despacho com decisão sobre essa denúncia.
Segundo o MPF, o grupo foi descoberto a partir de um relatório do FBI americano sobre brasileiros envolvidos com células terroristas. A partir desse documento, a Polícia Federal monitorou os envolvidos através de quebra de sigilo telefônico, rastreamento de redes sociais e acompanhamento de conversas trocadas em aplicativos de comunicação.
A operação Hashtag foi deflagrada pela primeira vez no dia 21 de julho. Nas três primeiras fases, 15 pessoas foram presas em nove estados brasileiros e encaminhadas à Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. No último dia 6, a quarta fase da operação cumpriu dois mandados de condução coercitiva e dois de busca e apreensão em São Paulo. As informações são do Jornal O Vale.