Cetesb notifica fábrica de Caçapava
Moradores de sete bairros de Caçapava reclamam de fumaça e poeira expelidas pela fábrica MWL, que produz peças para ferrovias e indústrias (veja vídeo no fim da reportagem).
De acordo com a reclamação protocolada em 8 de junho junto à Cetesb, o problema seria gerado pelos processos de fundição de ferro e de arraste de resíduos no pátio da empresa.
Os moradores alegam estar sofrendo problemas de saúde com a fumaça avermelhada, como alergias e irritações de garganta e olhos. Foi apontado também que "exigências técnicas das licenças ambientais" não estariam sendo atendidas pela empresa.
A reclamação envolve os bairros Vitoria Vale, Nova Caçapava, Jequitibá, Vila Santos, Jardim Primavera, Jardim Campo Grande e Jardim Amália,
“A empresa sempre emitiu resíduos, mas sempre foi de forma controlada, mas nos últimos meses a quantidade tem aumentado e preocupado a população. Moramos em frente a empresa e conversamos com outras pessoas que moram perto e também relatam isso”, comenta o administrador Vladmir Henrique, morador do Jardim Campo Grande.
Vistoria
De acordo com moradores, os resíduos são emitidos desde os início do ano, quase sempre quatro vezes por dia, mas eles acreditam que nos últimos dias a empresa tenha intensificado a emissão de fumaça durante a noite. A Cetesb fez uma visita na fábrica nesta quarta-feira (21).
“Eles disseram que fizeram uma notificação, mas nada por escrito. A comunidade que vai ter que fazer o papel dela. O Sindicato dos Metalúrgicos que está movendo isso com a gente”, comenta Henrique.
A Cetesb informou que foi feira a visita na indústria e foi identificada irregularidade no setor onde são tranformados o ferro em aço. Caso não faça os ajustes, a empresa pode ser multada.
“A Cetesb realizou a vistoria para verificar a operação e foi constatada irregularidade no sistema de captação de poluentes está ineficiente no setor de acearia. E será objeto de penalidade, que a princípio, será uma advertência. A empresa será notificada até o fim da semana. Estamos acompanhando um cronograma de exigências que fizemos a empresa”, comentou Marcus Vinícius Pinto da Cunha, gerente da Cetesb. As informações são do Portal Meon.