Região: Cai qualidade da água no rio Paraíba
A qualidade da água no rio Paraíba do Sul para consumo humano sofreu queda em 7 dos 11 pontos monitorados na região, mas ainda é considerada boa pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).
Segundo relatório sobre as águas interiores no Estado, o IQA (Índice de Qualidade das Águas) do rio Paraíba no ano passado esteve menor do que a média dos últimos cinco anos (2011-2015) em 7 dos 11 pontos analisados: Santa Branca, Jacareí, São José, Caçapava, Tremembé, Pindamonhangaba e Lorena.
Em três pontos (São José, Lorena e Aparecida) a média se manteve a mesma. A qualidade da água foi classificada como boa em todos os pontos, com exceção de Aparecida, que recebeu o rótulo de regular.
Não houve nenhum ponto cuja média de 2016 foi maior do que a dos últimos cinco anos, segundo a Cetesb.
PEIXES/ Na avaliação do IVA (Índice de Qualidade das Águas para Proteção da Vida Aquática), os valores são diferentes. Nos mesmos 11 pontos do rio Paraíba, apenas dois deles tiveram a água considerada boa.
Em oito trechos, a qualidade foi classificada como regular. Em Caçapava, a água foi identificada como ruim por causa de “baixos valores de oxigênio dissolvido”, segundo a Cetesb.
Todos os 11 trechos registraram índice no ano passado maior do que a média dos últimos cinco anos.
Principal concessionária dos serviços de água e esgoto na RMVale, a Sabesp disse, em nota, que “vem conseguindo avanços significativos na coleta e no tratamento de esgoto dos municípios onde opera na região, tanto que os peixes voltaram às águas do rio”.
Informou ainda que investiu R$ 184 milhões para a construção de estações de tratamento de esgoto. Os índices atuais de coleta e tratamento de esgoto são 97% e 99%, respectivamente.
LITORAL/ O relatório também avaliou a qualidade da água de 27 rios e córregos que deságuam nas praias do Litoral Norte.
Do total, dois apresentaram qualidade ruim (rio Acarau, em Ubatuba, e rio Lagoa, em Caraguatatuba) e um foi classificado como regular (rio Quilombo, em Ilhabela).
De acordo com a Cetesb, as classificações ruim e regular destes cursos d’água foram “influenciadas por fatores associados ao lançamento de esgotos domésticos sem tratamento”.