Demissões na indústria prejudicam economia

Os trabalhadores da região estão convivendo com as frequentes demissões nos últimos meses. Mais de 26 mil pessoas foram dispensadas no Vale do Paraíba em 2015. Além disso, somente no começo de 2016, a indústria já registrou quatro demissões em massa.

O corte mais recente aconteceu no último sábado (30), com a confirmação do desligamento de 517 funcionários na General Motors, unidade de São José dos Campos. Os trabalhadores estavam com contratos temporariamente suspensos desde agosto do ano passado.

Em Lorena, a Comil fechou a fábrica de ônibus inaugurada há três anos e mandou embora 200 metalúrgicos. A Wow!, de Caçapava, também foi atingida pela crise e dispensou ao menos 160 trabalhadores. Outros 200 ficaram desempregados após o encerramento das atividades da Maxen, em Atibaia.

Reflexo

O resultado das demissões em empresas como essas cria o conhecido “efeito dominó”. Quem perdeu o emprego corta gastos e quem está trabalhando tem medo de fazer dívidas. Das 26.199 pessoas que perderam emprego na região no ano passado, 13.792 eram funcionários do setor industrial da região. É como se para cada posto fechado na indústria, outra vaga fosse fechada em outro setor.

De acordo com o economista Guaraci Lima, a longo prazo esses números são mais alarmantes. “Se estima que um empregado bem qualificado, de alta remuneração, quando demitido pode afetar mais cinco empregos indiretos”, explicou.

A Associação Comercial de São José dos Campos afirma que esta é a pior crise da história para os comércios joseenses. O presidente da associação, Felipe Cury, disse que havia esperanças em um 2016 de recuperação, mas que este cenário já mudou. As informações são do G1.

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