Veja o que fazer quando atrasar parcelas do seu financiamento imobiliário, sem perder o imóvel
Mais de 19 mil imóveis de mutuários que não quitaram seus débitos do financiamento imobiliário foram retomados e colocados à venda ou leilão neste ano de 2018. A situação chegou a esse extremo porque muitos compradores não procuraram resolver o problema de imediato.
O que muitos não sabem é que o banco tem total interesse de negociar com o mutuário o pagamento das parcelas atrasadas. Por isso, é importante conhecer todas as alternativas antes de entrar no desespero de perder o imóvel.
O que acontece quando se atrasa as parcelas
As regras do financiamento imobiliário determinam que a partir da terceira prestação, a instituição financeira pode iniciar o processo de execução do contrato. Quando não há nenhuma negociação, o imóvel poderá ser retomado.
Assim que o comprador ultrapassa três meses de inadimplência, a instituição financeira envia uma notificação de débito. O documento pode chegar em sua residência por meio de carta ou por um oficial do cartório.
Neste documento o comprador terá um prazo de 15 dias para pagar toda a dívida. Caso ele não consiga quitar os débitos, o imóvel poderá ir a leilão no prazo de 30 dias.
O que fazer quando atrasar as parcelas do financiamento
Ao receber a notificação de débito da instituição financeira, o mutuário não pode fechar os olhos para a situação. Nesse momento, o mais indicado é procurar entender o que pode ser feito para resolver o problema.
Renegociar imediatamente com o banco
A primeira medida que o comprador deve tomar é procurar a instituição financeira para tentar renegociar a dívida. O pagamento do débito também é de interesse dos bancos, já que para eles não há vantagem alguma retomar ou ter um imóvel devolvido.
Dependendo do relacionamento do mutuário com o banco, a instituição pode negociar um valor de entrada e distribuir o restante da dívida nas prestações futuras. Portanto, é fundamental procurar o gerente da conta para tentar reverter a situação.
Analisar todo o contrato
O comprador precisa analisar todo o contrato antes de tomar qualquer atitude, pois é possível encontrar alguma brecha a seu favor. A maioria dos contratos oferece um seguro que garante o pagamento de algumas parcelas quando o mutuário se encontra desempregado.
Portanto, o comprador que possui o financiamento na modalidade Minha Casa Minha Vida pode recorrer ao Fundo Garantidor da Habitação Popular para pagar as parcelas em atraso. Dessa forma, o mutuário terá tempo e fôlego para organizar sua vida financeira.
Usar o FGTS para quitar as prestações atrasadas
Até o final de 2018, o trabalhador que tiver até 12 parcelas devidas do financiamento imobiliário poderá utilizar o saldo de suas contas vinculadas do FGTS. Entretanto, alguns documentos são exigidos para solicitar a retirada dos recursos à Caixa Econômica.
Quando finalizar o prazo no final do ano, a Caixa Econômica retornará ao processo anterior que era limitada a três parcelas. Portanto, essa é a hora do mutuário que possui saldo de FGTS quitar a sua dívida.
Vender o imóvel
Nos casos mais extremos da dívida do financiamento imobiliário o comprador pode pensar na possibilidade de vender o imóvel. No entanto, essa decisão só deve ser tomada quando as negociações se esgotarem.
Vender o imóvel pode ser um bom negócio para o mutuário, visto que ele poderá ganhar mais do que investiu. Todavia, a situação é crítica e exige agilidade no processo o que pode diminuir o valor de venda.
O que não fazer quando atrasar as parcelas
Na maioria dos financiamentos imobiliários o comprador está tão feliz em poder adquirir a sua casa própria que não se preocupa em entender o contrato. Por isso, quando se torna inadimplente não sabe como lidar com a situação.
O mutuário que possui parcelas em atraso do financiamento imobiliário não pode deixar que a dívida cresça ainda mais. Portanto, ao receber a notificação de débito o comprador não deve simplesmente guardá-la e deixar o processo correr sem negociação.
Atrasar as parcelas do financiamento imobiliário pode acontecer com qualquer um. Contudo, é preciso ser incansável nas negociações e encontrar a melhor alternativa para quitar a dívida e não perder o imóvel.
Geovanna Castro
Equipe Técnica
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