Prefeituras da região cortam gastos

Com a proximidade do encerramento do ano, prefeituras da região se esforçam para cortar gastos e fechar 2016 sem dívidas. De acordo com a lei, os prefeitos não podem deixar contas para o próximo governo. O resultado disso é que prefeituras que não economizaram antes, agora precisam cortar gastos de qualquer jeito.

A prefeitura de São José dos Campos está fazendo contas para não fechar o ano no vermelho. A administração culpa a arrecadação menor de impostos.

Aé outubro, a prefeitura esperava ter arrecadado cerca de R$ 1,7 bilhão, mas o total de receitas foi de R$ 1, 630 bilhão.

“São José não é uma ilha dentro do cenário nacional. Nós temos um cenário em todo país e estados pedindo calamidade financeira, atrasando salários de funcionários",disse o chefe de gabinete, Jorley Amaral.

Com menos dinheiro, a prefeitura de São José cortou horas extras, demitiu estagiários e funcionários comissionados tiveram contratos suspensos.
Alguns cortes atingiram os servidores municipais. Um deles foi o de vale alimentação e transporte para funcionários de licença. Segundo o Sindicato dos Servidores, o benefício é previsto por lei. O sindicato entrou na Justiça e conseguiu reverter a medida.

"O juiz concedeu uma liminar que dá o direito de até 2 de janeiro recebermos esses benefícios“, disse a diretora do Sindicato dos Servidores Municipais, Maria Zelita.

Os servidores também vão ficar sem cesta de Natal e a cidade também não terá festa de fim de ano e a decoração de Natal.

Mesmo assim, a conta pode não fechar. “Nós não sabemos quanto será a dívida, só vamos saber quando fechar, no dia 31", completou Amaral.

Outras cidades
Caçapava anunciou nesta quinta-feira (9) que vai reduzir a jornada de trabalho dos servidores para cortar gastos. A partir de segunda-feira (12), a prefeitura e secretarias vão funcionar das 8h às 13h.
Segundo a prefeitura, o município teve uma queda de R$ 8 milhões na arrecadação de impostos.
Já Taubaté esperava arrecadar R$ 1 bilhão, mas até agora a prefeitura recebeu R$ 755 milhões. Uma queda de 29% nas receitas.
Na cidade, as horas extras dos servidores estão proibidas, e a prefeitura também está tentando economizar com água, luz e cópias.
Em Jacareí, a previsão era arrecadar R$ 981 milhões, mas com a queda na arrecadação, agora prevê receber apenas R$ 710 milhões até o fim do ano. Um total de menos de 27% em caixa.
Entre as medidas adotadas em Jacareí, a prefeitura diminuiu a jornada dos funcionários para não precisar pagar vale-alimentação e também para economizar com água e luz.

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