No Vale do Paraíba, região líder em homicídios e latrocínios (os casos de roubo seguido de morte) no interior paulista, os crimes contra o patrimônio também estão em alta em 2016. No primeiro semestre, o número de roubos teve seu recorde histórico na RM-Vale 

, segundo dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado.

Entre janeiro e junho a região registrou 6.130 roubos -- a média é de 33 casos por dia. É o maior índice da série histórica -- os dados locais estão disponíveis de 2005 para frente. Anteriormente, no mesmo período, a taxa mais alta foi a registrada em 2009 (5.672 roubos), segundo o Estado.

Durante o primeiro semestre, na comparação com esse mesmo período em 2015, houve aumento de 19% no índice. A média supera aquela registrada em São Paulo -- no Estado o índice subiu 5,6%.

Em São José, maior município do Vale do Paraíba, o número de roubos subiu 26,07% -- de 1.622 ocorrências para 2.045. Em Taubaté o resultado foi diferente nesse ano, com queda de 15,4%: de 814 para 688 casos.

Patrimônio.

A região também registrou aumento nos índices de furto (+ 6,03%, passando de 12.081 para 12.810 casos) e também de furto de veículos (elevação de 15,26%, com 2.295 casos de janeiro a junho de 2016, contra 1.991 no mesmo período no ano anterior). Os casos de roubo de carga registraram elevação de 52,45% (de 61 para 91).

A RMVale teve queda no índice de roubo de veículos de 5,34%, indo de 992 casos para 939 no período.

Líder de violência no interior do Estado, a RMVale teve o primeiro semestre com maior taxa de homicídios dos 10 últimos anos. Na comparação com 2015, o Vale teve alta de 7,10% no número de homicídios -- pulou de 197 para 211. Houve elevação nos latrocínios, de 11 para 16, com 45% mais vítimas.

As forças de segurança informam que as características singulares da região, como a localização geográfica e a característica econômica, têm influência nos índices. Policiais civis e militares reforçaram o combate à violência na região. As informações são do Jornal O Vale.