Funcionários da GM de São José mantém greve

A GM (General Motors) de São José dos Campos protocolou na tarde desta quarta-feira (20), um dissídio coletivo no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) devido ao impasse entre a empresa e funcionários sobre o pagamento da segunda parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Os trabalhadores da unidade joseense da montadora estão em greve desde segunda-feira (18).

Em um comunicado distribuído na fábrica, a empresa afirma que o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região já havia sido informado anteriormente de que, "se não houvesse acordo entre as partes, o próximo passo seria esse", diz o início do documento.

De acordo com a GM, a empresa chegou ao limite sobre o valor da segunda parcela da PLR de 2015 e manteve a proposta de R$ 5 mil e o pagamento por liberalidade do adiantamento do 13º, no próximo dia 5, caso a proposta de PLR fosse aprovada pelos empregados.

"Não houve aprovação e, além disso, a fábrica está paralisada", diz outro trecho. Na manhã desta quinta-feira (21), os trabalhadores do primeiro turno foram informados da decisão da empresa pelo presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.

Na assembleia, Macapá informou que a greve continua até que a empresa entre em contato para negociar ou somente após algum resultado na audiência entre empresa e sindicato no TRT de Campinas. "A data desse encontro deve sair até o fim do dia de hoje. A GM fez o mesmo procedimento que vem adotando nas últimas paralisações. Vai ao TRT, ao invés de negociar com o sindicato", diz.

Ainda no comunicado, a GM informou que "ao contrário da fábrica de São José dos Campos, a fábrica de São Caetano do Sul chegou a um acordo e os empregados aprovaram a proposta sem fazer paralisação. Todos aguardaram o desfecho trabalhando e sem perdas financeiras ou desgastes desnecessários para ninguém", diz outro trecho.

"A GM orienta que todos retornem ao trabalho imediatamente e aguardem a audiência no TRT trabalhando", conclui a nota.

Entenda o caso
Nesta segunda-feira, os trabalhadores aprovaram uma greve por discordarem do valor proposto pela empresa para o pagamento da segunda parcela da PLR. A proposta inicial da GM e que foi recusada era de R$ 4.250.

Posteriormente, a montadora enviou uma nova proposta de R$ 5 mil a ser pago nesta sexta-feira (22) e pagamento da segunda parcela do décimo terceiro para 5 de fevereiro - na empresa, o pagamento da parcela é feito em março. A proposta também foi recusada.

Segundo os sindicalistas, na primeira parcela do benefício, a montadora pagou R$ 8.500, o que totalizaria R$ 13.500 de PLR. A proposta não agrada os metalúrgicos, que alegam que R$ R$ 3.250 desse valor é referente ao abono salarial estabelecido na Campanha Salarial do ano passado.

Desta forma, o valor real total da PLR seria de R$ 10.250 - em 2014, o montante ficou em R$ 16.300, segundo informaram os sindicalistas. De acordo com os trabalhadores, o sindicato quer R$ 6.400 na segunda parcela da PLR.

GM em São José
O complexo industrial da empresa em São José fabrica os modelos Trailblazer e S10 e possui cerca de 5 mil empregados. Destes, cerca de 3,5 mil atuam no primeiro turno, de acordo com o sindicato. As informações são do Portal Meon.

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