Volkswagen põe mais 1.200 em lay-off na fábrica de São Bernardo

A Volkswagen irá colocar mais 1.200 funcionários em lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho) na planta de São Bernardo por até cinco meses. O objetivo da medida é adequar a produção à queda na demanda por carros zero-quilômetro. As informações foram passadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

A montadora havia colocado em julho cerca de 1.750 trabalhadores em lay-off na fábrica da região. Esse grupo está retornando gradativamente às atividades neste mês e será incluído no PPE (Programa de Proteção ao Emprego) – mecanismo criado pelo governo federal no ano passado que permite ao empregador reduzir em até 30% a carga horária e os salários pagos durante momentos de crise. Metade do valor suprimido é coberta pelo governo federal.

Este será o quarto lay-off adotado pela Volkswagen em São Bernardo desde 2014. Durante a vigência, os trabalhadores devem frequentar curso de capacitação definido pela empresa. Parte do salário é paga pela União, por meio do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), cujo limite é o mesmo do seguro-desemprego. No ano passado, o teto do benefício era de R$ 1.385,91. A tabela para 2016 ainda não foi divulgada pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social. O restante dos vencimentos pode ser complementado pela empresa, mas isso depende de negociação com os trabalhadores.

GENERAL MOTORS - No fim de dezembro, a General Motors prorrogou até março o lay-off de 750 trabalhadores da fábrica de São Caetano. Atualmente, a planta possui cerca de 2.300 afastados temporariamente. Diferentemente da Volkswagen, não há previsão de adesão ao PPE na GM. Isso porque o sindicato que representa os metalúrgicos da cidade é filiado à Força Sindical, central que se opõe a esse mecanismo.

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