Marco Polo Del Nero pode ser banido de todas as atividades do futebol pela Fifa

Indiciado nos Estados Unidos por corrupção, Marco Polo del Nero deve ser suspenso pela Fifa nos próximos dias. A entidade, segundo o jornal O Estado de S.Paulo apurou, deve afastar o brasileiro de todas as atividades do futebol por 90 dias e, neste período, avaliará a aplicação uma sanção que pode ir até seu banimento completo e para sempre do esporte.

A Fifa planejava uma “punição severa” contra Del Nero e a punição viria já no início de 2016. A entidade apenas aguardava os documentos que a Justiça norte-americana enviaria e também, na lista de casos, precisava primeiro examinar a situação de Jerome Valcke, resolvida nesta terça-feira com a proposta de uma suspensão de nove anos.

Com a “agenda limpa”, o Comitê vai agora anunciar a sua decisão sobre Marco Polo Del Nero e os demais indiciados nos Estados Unidos, entre eles Ricardo Teixeira.

Diante desta suspensão, Del Nero ficaria até mesmo impossibilitado de tomar qualquer decisão na CBF. Por isso, sua volta para o comando da entidade foi interpretado na Fifa como uma forma de manobra para garantir que uma pessoa de sua confiança seja, de fato, quem o substituirá.

Seu retorno ainda pode servir para tomar decisões administrativas, transferência de poderes e pagamentos que, uma vez suspenso pela Fifa, ficaria impossibilitado de realizar. Banido, ele seria proibido de manter contatos com o mundo do futebol, entrar em entidades oficiais e seria proibido até mesmo dos estádios.

Além do caso de corrupção nos Estados Unidos, o Comitê de Ética da Fifa está examinando contratos que teriam a participação de Del Nero e que foram assinados durante os preparativos para Copa do Mundo de 2014, além de suspeitas de superfaturamento na compra e obra do prédio da CBF e de desvio de recursos do futebol por causa de acordos comerciais da Copa do Brasil, Copa Libertadores e Copa América. A eleição na CBF para vice-presidente também está sob avaliação da Fifa e pode ser cancelada. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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