Pinda prepara ação inédita de ciclo-turismo rural

A Prefeitura de Pindamonhangaba está preparando a implantação de uma rota para ciclo-turismo, para ocorrer no período da festa de aniversário da cidade e do Festival Gastronômico de Inverno. Na última semana, membros das Secretarias de Esporte e Lazer e de Cultura e Turismo se reuniram com representantes do grupo Bike Moreira César e do restaurante Quiosque Beira Rio.
De acordo com o secretário Adjunto de Esportes e Lazer, João Biro, “esse grupo de bikers vai fazer o trajeto pela noite para identificar o mapa e saber qual pode ser o melhor percurso. Com base nisso, poderemos criar a rota de esporte e turismo”.
O secretário adjunto de Cultura e Turismo, Ricardo Flores, ressaltou “que a implantação será no dia 23 de julho, dia do Festival Gastronômico do Quiosque Beira Rio. A ideia é estimular os passeios ciclisticos, ampliando o potencial do turismo rural e de aventura em Pindamonhangaba. Para isso contamos com apoio de várias secretarias, como Esportes e Lazer e de Saúde, além dos departamentos de Trânsito e de Comunicação”.
João Biro acredita que “a ação inédita deva estimular as outras iniciativas desse porte e fazer com que o ciclo-turismo de bike entre na rota de eventos do município”.

© Joilson Marconne/CBF/Direitos Reservados

O Brasil permanece na terceira posição do ranking de seleções masculinas da Fifa, que foi divulgado nesta quinta-feira (29). A relação foi tornada pública após a equipe canarinho disputar duas partidas amistosas na Data Fifa de junho, goleada de 4 a 1 sobre Guiné, na Espanha, e derrota de 4 a 2 para Senegal, em Portugal.

A ponta da classificação continua com a atual campeã Argentina, que chegou aos 1.843,73 pontos. Já a vice-liderança é da França, com 1.843,54 pontos. A seleção brasileira, que foi comandada nos jogos da Data Fifa pelo técnico interino Ramon Menezes, caiu para 1828,27.

O top-10 de ranking de seleções da Fifa é completado por Inglaterra (4ª), Bélgica (5ª), Croácia (6ª), Holanda (7ª), Itália (8ª), Portugal (9ª) e Espanha (10ª).

Após os jogos da Data Fifa de junho, a seleção brasileira volta a entrar em campo apenas no mês de setembro, para iniciar a trajetória nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. A estreia do Brasil será contra a Bolívia.

 

Foto:© Joilson Marconne/CBF/Direitos Reservados
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Descontos de automóveis não devem resolver estoques de montadoras

Com a aproximação do fim dos recursos inicialmente previstos, o programa do governo federal para incentivo à compra de veículos terá uma ampliação, que deve atender também às demandas das locadoras do setor. Apesar de a medida ter sido confirmada nesta quarta-feira (28), o coordenador dos cursos automotivos da Fundação Getulio Vargas (FGV), Antonio Jorge Martins, diz que o foco do programa é a curto prazo e talvez não resolva os estoques acumulados de automóveis.

O especialista explica que um dos motivos pelos quais pátios de montadoras e concessionárias têm ficado lotados é o encolhimento do poder de compra dos brasileiros ao longo dos anos e o paralelo avanço da tecnologia automotiva, com consequente encarecimento do produto.

Ao passo que os veículos foram ganhando cada vez mais artefatos tecnológicos, os preços subiram e a parcela da população com condições de comprá-los diminuiu, uma vez que os salários, mesmo sob reajuste, não acompanharam as altas cifras deixadas nas concessionárias. Essa tendência de aprimoramento tecnológico seguido de encarecimento não é uma exclusividade do mundo dos veículos, ressalta Martins.

"Em nível de mercado brasileiro, por exemplo, as televisões. À medida que vão aumentando seu poderio tecnológico, ficam cada vez mais caras", diz o especialista. "Existe, hoje, uma diferença entre o que as pessoas podem comprar e aquilo que está sendo oferecido. Então, por que hoje não se chama mais de carros populares? Porque os carros populares que existiam nos anos 90 eram carros desprovidos de segurança e conectividade. Era outro tipo de produto, que hoje não existe mais", pontua o especialista.

"Houve também uma mudança do próprio perfil de consumo da sociedade. Um exemplo prático: se nós oferecermos aquele celular tijolão, dificilmente teremos compradores. A realidade hoje do mercado é que, realmente, todo mundo tende a aspirar àquilo que tem mais tecnologia e, no caso do veículo, isso também se faz presente", acrescenta.

Martins, que entende que questões estruturais exigem soluções mais complexas, destaca ainda que não foi somente no Brasil que se constatou uma alta significativa de preços, com a pandemia de covid-19. Os acréscimos, explica o coordenador da FGV, foram uma forma de a indústria lidar com "novos desafios".

"Na realidade, houve uma disruptura total do setor automotivo, entre o modo como ele funcionou ao longo dos últimos 100 anos e como passou a funcionar a partir dos anos 2000. Qual a grande diferença? Tenho um grande número de companhias que efetivamente possuem uma cultura analógica e outra que, de forma geral, já nasceram sob a ótica digital. Estas que nasceram sob a ótica digital têm muitas dificuldades culturais de se adaptarem a uma nova realidade de mercado, que é o fato de que, hoje, o setor se torna muito mais dinâmico do que era há 100 anos ou do que vem sendo. Esse dinamismo se dá, principalmente, pela inovação constante de tecnologia. Produtos que realmente requerem tecnologia crescem em preço", argumenta o educador.

"Isso está bem localizado em cima de algumas montadoras, que efetivamente estavam voltadas ao volume de produção e não à venda de produtos com maior conteúdo tecnológico e que efetivamente apresentam maior lucratividade, mas um menor volume", esclarece, adicionando que a condição de que o comprador de caminhão deixe um para desmanche, ao adquirir um novo, por meio programa, pode ser um obstáculo.

O que se estabeleceu é que, para compras de carros, os descontos irão variar de R$ 2 mil a R$ 8 mil. No caso de ônibus e caminhões, o desconto vai ficar entre R$ 36 mil e R$ 99 mil. Tudo vai depender do tamanho do veículo e grau de poluição.

Locadoras

Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), Marco Aurélio Nazaré, elogiou a iniciativa do governo, mas fez algumas ressalvas. Ele reafirmou o que a entidade já havia argumentado em nota do último dia 9, em relação à ordem da fila do programa, com priorização de vendas para pessoas físicas, em um primeiro momento. O acesso aos descontos vindo depois foi, portanto, um dos alvos de críticas, por parte da associação, que também considerou o teto de R$ 500 milhões baixo. Nazaré, contudo, aprovou o anúncio da ampliação do aporte, que imagina que permitirá aquisições às locadoras.

De acordo com levantamento divulgado pela Abla, ao final de março, as locadoras de veículos responderam por 30,1% das compras de 2022. A proporção equivale a 590.520 unidades. O investimento em frota foi de R$ 55,2 bilhões e a média de valor gasto com cada veículo foi de R$ 93,6 mil.

"O que nós tentamos dizer no comunicado é que o que seria vendido para pessoas físicas é menor do que a pessoa jurídica compra. Conclusão: como foi anunciado o programa, nós paralisamos as compras, aguardando uma oportunidade de compra", afirma.

O presidente da Abla diz também que o cenário de conjuntura explica muito do que acontece no setor atualmente. "Nós temos um endividamento muito alto da classe C para baixo, uma perda de poder aquisitivo, uma incapacidade de absorção de parcelas de financiamento, assim como uma taxa de juros extremamente alta. Porque um carro financiado em 36 vezes dobra de preço", diz. 

Então, fica impossível de se absorver no orçamento a parcela, mesmo que seja parte do valor do carro, mesmo que se dê um valor de entrada, para a compra de um carro por pessoa física. Tanto que foi a classe média que comprou os carros que foram destinados nesse programa do governo e não a classe que, de fato, deveria comprar e que é o que o governo gostaria que comprasse", finaliza.

 

Foto: © Rovena Rosa/Agência Brasil
Agência Brasil

 

 

Pinda dá posse a membros do Conselho da Cidade

Pindamonhangaba empossou os membros do Concid (Conselho Municipal da Cidade) dia 29 de junho, no auditório da Prefeitura de Pindamonhangaba.
O Concid é um órgão colegiado de natureza deliberativa e consultiva vinculado à Secretaria de Obras e Planejamento.
A secretária da pasta, Marcela Franco, explicou que “o Conselho tem o objetivo de implementar o Plano Diretor, acompanhar a elaboração de projetos setoriais, estudar e propor as diretrizes para formulação e implantação da política municipal de desenvolvimento urbano, bem como acompanhar e avaliar a sua execução, conforme dispõe o estatuto da cidade e o Plano Diretor”.
O presidente da Câmara, Norbertinho, também participou da posse e destacou funções do Conselho para o crescimento ordenado de Pindamonhangaba.
O vice-prefeito e secretário de Governo e Serviços Públicos, Ricardo Piorino, afirmou que “Pindamonhangaba dá um grande passo no desenvolvimento urbano com a posse dos membros do Concid, permitindo a análise de projetos, debate sobre ideias e uma visão ampla para o futuro da cidade”.
O Concid é composto por representantes do Poder Público e da sociedade civil, instituições de classe e representantes de bairro.
Marcela Franco frisou que “os membros titulares e suplentes da administração pública foram definidos por indicação de cada secretaria. Já para a sociedade civil foi realizada uma eleição transparente, com possibilidade de representantes de vários setores se candidatarem para o Concid”.
Participam do Concid: secretária de Obras e Planejamento Marcela Franco, com a a suplente Luciana Ayulo Yui; Secretaria de Cultura e Turismo, com Alcemir Palma como titular e Ricardo Flores como suplente; Secretaria de Desenvolvimento Econômico, com Roderley Miotto como titular e Daniela Marcondes como suplente; Secretaria de Governo e Serviços Públicos, José Roberto da Silva como titular e José Sérgio Almeida de Souza como suplente; Secretaria de Habitação: titular João Gontijo e suplente Bianca Magalhães de Souza Pires; Secretaria de Meio Ambiente: titular Maria Eduarda San Martin e suplente Rafael Cavalcante; Secretaria de Segurança Pública: titular Luciana Viana e suplente José Ouverney Junior; Secretaria de Administração: titular Marcelo Martuscelli e suplente Vitor Macedo.
Representantes da sociedade civil: Associação dos Profissionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Pindamonhangaba: titular Luciano Alves de Araújo e suplente Emanuel Barreto Rios, Associação Comercial e Industrial de Pindamonhangaba, titular Jorge Samahá e suplente Marcos Florindo Borges, Conselho Municipal de Meio Ambiente: titular Alexsander Rosa Carvalho e suplente Jaqueline Gonzaga da Silva; Conselho Municipal de Patrimônio Histórico, Cultural, Ambiental e Arquitetônico de Pindamonhangaba: titular Paulo Molnar Mendes e suplente Edargê Marcondes Filho, representantes de bairros: titular Rita de Cássio Ribeiro Vilela e Silva e suplente Erika Garrio Carlucci Pereira, Distrito de Moreira César: titular Gerson Leme e suplente Antonio Benedito Caetano, Zona de Ocupação Controlada: titular Valdir da Silva Miranda e suplente Regina Midori Fukashiro.

Foto: © Ale Cabral/CPB/Direitos Reservados Agência Brasil

A equipe que representará o Brasil no Mundial de Halterofilismo paralímpico, programado para ser disputado entre os dias 22 e 30 de agosto em Dubai (Emirados Árabes), está escalada. Na última terça-feira (27) o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) divulgou os 23 atletas convocados para a competição em uma transmissão em seu canal do YouTube e em seu perfil do Facebook.

O time brasileiro é formado por atletas que atingiram os índices estipulados pelo CPB em duas seletivas: a 1ª Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa, em março, e o Campeonato Brasileiro Loterias Caixa de halterofilismo, em abril. As duas competições foram realizadas no Centro de Treinamento (CT) Paralímpico, em São Paulo.

“Este é um ano com um calendário intenso para a modalidade, com alguns atletas escolhendo em quais competições colocar mais foco. Dentro disso, o Mundial será a competição mais importante e mais forte de 2023, e uma etapa importante para se chegar aos Jogos Paralímpicos de Paris 2024”, declarou o coordenador da modalidade no CPB, Murilo Spina, durante a live. Os atletas convocados para o Mundial se concentrarão no CT Paralímpico no dia 17 de agosto e embarcam para Dubai na madrugada do dia 18.

O Mundial é parada obrigatória para os halterofilistas que buscam uma vaga na próxima edição dos Jogos Paralímpicos, que serão disputados em Paris em 2024. Garantem a classificação no megaevento na França os oito atletas de cada categoria mais bem colocados no ranking da modalidade.

Relação de convocados:

Ailton de Andrade Bento de Souza (até 80 kg), Alane Dantas de Azevedo Lima (até 86 kg), Ana Paula Gonçalves Marques (até 61 kg), Naira Celia Gomes da Cruz (até 61 kg), Maria de Fátima Costa de Castro (até 67 kg), Ângela Faria Teixeira (até 71 kg), Bruno Pinheiro Carra (até 54 kg), João Maria de França Junior (até 54 kg), Caroline Fernandes Alves (até 79 kg), Mariana D’andrea (até 79 kg), Cristiane Alves Reis (até 55 kg), Edilândia Rodrigues Araujo (acima de 86 kg), Marcia Cristina de Menezes (acima de 86 kg), Evânio Rodrigues da Silva (até 88 kg), Ezequiel de Souza Correa (até 72 kg), Gustavo Amaral Melo de Souza (acima de 107 kg), Jean Henrique Pereira Rufino (até 107 kg), Mateus de Assis Silva (até 107 kg), José Arimateia Silva Lima (até 97 kg), Maria Rizonaide da Silva (até 50 kg), Laira Cristina da Silva Guimaraes (até 73 kg), Lara Aparecida Ferreira Sullivan de Lima (até 41 kg) e Tayana de Souza Medeiros (a Até 86 kg).

 

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Foto: © Marcelo Camargo/Agência Brasil
Profissionais de enfermagem realizaram nesta quarta-feira (28) ato na Esplanada dos Ministérios em que pedem agilidade no pagamento do piso salarial da categoria.
 
Atualmente, o Supremo Tribunal Federal (STF) retomou o julgamento para a liberação do piso nacional da enfermagem. Os ministros têm até sexta-feira (30) para votar e encerrar o julgamento.
 
“A enfermagem está cobrando há muito tempo a valorização da [trabalhadores] Saúde. Passamos por uma pandemia e vencemos, enfrentamos várias doenças e não temos valorização”, disse a técnica de enfermagem Kênia Maria Cardoso, que participou do ato à Rádio Nacional.
 
No Distrito Federal, a categoria decretou greve de 24 horas, com início nesta quarta-feira.
 
Julgamento
Os ministros analisam, no Plenário Virtual, decisão do relator do processo, ministro Luís Roberto Barroso, que em maio, estabeleceu regras para o pagamento dos profissionais nas redes estaduais, municipais e federal.
 
Agora, os demais integrantes da Suprema Corte julgam se referendam a decisão do relator.
 
Barroso entendeu que estados e municípios devem pagar o piso nacional da enfermagem nos limites dos valores que receberem do governo federal. Segundo os estados, o impacto nas contas locais é de R$ 10,5 bilhões e não há recursos para suplementar o pagamento.
 
Até o momento, seis ministros já votaram. Barroso e Gilmar Mendes se manifestaram para manter as condições da decisão que liberou o piso. Dias Toffoli e Alexandre de Moraes apresentaram divergência em relação ao pagamento para profissionais celetistas. Já Edson Fachin e Rosa Weber votaram pelo pagamento em todos os contratos públicos e privados.
 
No ano passado, o pagamento do piso foi suspenso pelo STF devido à falta de previsão de recursos para garantir o pagamento dos profissionais, mas foi liberado após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abrir crédito especial para o repasse de R$ 7,3 bilhões para estados e municípios pagarem o piso.
 
Piso salarial
O novo piso para enfermeiros contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é de R$ 4.750, conforme definido pela Lei nº 14.434. Técnicos de enfermagem recebem, no mínimo, 70% desse valor (R$ 3.325) e auxiliares de enfermagem e parteiras, 50% (R$ 2.375). Pela lei, o piso vale para trabalhadores dos setores público e privado.
 
A medida beneficia mais de 2,8 milhões de profissionais.
 
 
Foto: © Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A técnica da seleção brasileira feminina de futebol, Pia Sundhage, avalia que o time tem chances reais de conquistar o título da próxima edição da Copa do Mundo, que será disputada a partir do dia 20 de julho na Austrália e na Nova Zelândia. A declaração da comandante da seleção brasileira foi dada, nesta terça-feira (27), em entrevista coletiva concedida logo após a convocação das 26 atletas (sendo três suplentes) que irão ao Mundial.

“Estamos indo para a Copa, onde estão os melhores países. Penso que as dez melhores seleções têm chances reais de vencer, e o Brasil é a oitava […]. O céu é o limite. O Brasil tem chance de ser campeão? Com certeza. Com o histórico que temos e o apoio, pode ser sim. Será que será já neste ano? Não sei. Pode ser que seja em quatro anos”, afirmou Pia.

Na entrevista, a técnica sueca também falou da necessidade de a seleção brasileira desenvolver outros aspectos do seu jogo além do talento individual (uma marca do futebol brasileiro) para se tornar uma real candidata ao título Mundial: “Ser talentoso não é o suficiente. É necessário melhorar o jogo [coletivo] com o tempo. É isso que estamos trazendo. Elas pegaram o talento e fizeram algo muito bom. Temos jogadoras mais novas querendo mostrar que podem representar o Brasil. Esta é a melhor forma de se desenvolverem”.

Um tópico que não podia ficar de fora da entrevista é Marta. A craque de 37 anos pode estar disputando na Oceania a sua última Copa do Mundo. Em um contexto como este, Pia foi questionada se esta seria mais uma fonte de pressão para a Rainha do futebol: “Marta merece muitas coisas, e pressão é a palavra errada, pois parece algo negativo. Tenho sorte de estar perto da Marta. Isto é algo especial. Podemos usar o nome e a pessoa da Marta de forma positiva […]. Além disso, o Brasil não é apenas uma jogadora, mas um time. A Marta é a melhor por ser a melhor jogadora da equipe. Nós gostaríamos de vencer a [Copa] para o Brasil, e a Marta é brasileira”.

Na coletiva a treinadora também comentou a importância do amistoso contra o Chile, que será disputado a partir das 10h30 (horário de Brasília) do próximo domingo (2) no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, diante do Chile. A partida marcará a despedida da seleção da torcida brasileira antes do início da Copa: “Precisamos jogar, é assim que aprendemos a jogar melhor. O Chile é uma parte de irmos à Copa do Mundo, uma parte importante. Teremos jogadoras diferentes com a chance de representar o Brasil”.

Mobilização busca reparar erro histórico nos saltos anulados de João do Pulo na Olimpíada de Moscou

A Secretaria de Mulher, Família e Direitos Humanos de Pindamonhangaba está mobilizando setores da sociedade para uma petição que pleiteia a reparação de um erro histórico a respeito da anulação de saltos do ex-recordista e campeão mundial do salto triplo, João Carlos de Oliveira ‘João do Pulo’, na Olimpíada de Moscou, em 1980. A ação é realizada em parceria com o Instituto IEVALE, dirigido pelo prof. Teófilo Pimenta, cujo objetivo é preservar a história dos atletas da região.
Conforme imagens e diversos documentários produzidos sobre a polêmica competição, o objetivo é mobilizar instituições e órgãos oficiais, como o próprio Governo Federal, por intermédio do Ministérios dos Esportes, a pleitear junto ao COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e Cbat (Confederação Brasileira de Atletismo) para que o COI (Comitê Olímpico Internacional) reconheça falhas na arbitragem na Olimpíada de Moscou, que prejudicaram o atleta de Pindamonhangaba com a anulação de quatro dos seus seis saltos.
De acordo com imagens, João do Pulo teria chegado a um salto de 18 metros na ocasião, mas foi anulado depois de alguns segundos de hesitação de um dos árbitro (cena raríssima na competição, a qual os fiscais (todos soviéticos) levantam bandeiras para validar ou cancelar saltos em milésimos de segundos) - que veio a utilizar a bandeira vermelha para desconsiderar a marca e cancelar tentativas do saltador.
A história da farsa é conhecida no meio esportivo e, mais tarde, após o fim da União Soviética, o próprio Harry Seinberg, o treinador de Jaak Uudmäe - soviético beneficiado com as anulações de saltos de João do Pulo, do australiano Ian Campbell, e do espanhol
Ramón Cid Pardo, confessou que houve favorecimento aos competidores locais. Um dos competidores foi o medalhista de ouro Uudmäe e o outro seria o ex campeão olímpico Viktor Saneyev. A informação foi dada por Seinberg a jornalistas em 1992 durante a Para-olimpíada de 1992.
Com base em depoimentos de ex-atletas, treinadores, jornalistas, e dirigentes de delegações de vários países.
A mobilização começou na última semana, com a entrega de um ofício ao vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e à ministra dos Esportes, Ana Moser. Além do secretário de Mulher, Família e Direitos Humanos, João Carlos Salgado, o ato foi realizado por Thais Oliveira - filha de João do Pulo.
“Estamos mobilizando setores para nos ajudar a pleteiar a reparação desse erro histórico e grave. Com isso, esperamos que o COI possa rever sua posição e entender que os saltos do João do Pulo foram válidos”, explicou João Carlos.
Nos próximos dias, como parte da ação, a Secretaria de Mulher, Família e Direitos Humanos vai percorrer escolas e instituições de Pindamonhangaba e região para apresentar ofícios e relatar a iniciativa. Para ajudar a ilustrar e ganhar engajamento, o Departamento de Comunicação da Prefeitura de Pindamonhangaba criou ‘tótens pessoa’ do João do Pulo, com a ilustração de sua participação em Moscou, para que a população possa tirar fotos, além de acessar o manifesto via QR Code. “Esperamos mobilizar a sociedade para essa reparação, que é um ato de esporte e também social. Vamos honrar quem tanto nos honrou, elevou o nome de Pindamonhangaba e do Brasil para o mundo e que nos deixou um legado de luta, resistência e vitórias para as futuras gerações de atletas, em especial, os negros de origem pobre e humilde, que acreditam no poder transformador do esporte”, completou o secretário.
Os tótens pessoa do João do Pulo ficarão espalhados em pontos esportivos da cidade durante os Jogos Regionais e os interessados também poderão assinar a manifestação em outros pontos, como sede da Secretaria de Mulher, Família e Direitos Humanos (Rua Dr. Gustavo de Godoy, 536), Prefeitura, Subprefeitura de Moreira César dentre outros. “Teremos os tótens, que vamos levar aos ginásios esportivos e pontos estratégicos da cidade, temos faixas e teremos livros físicos. Precisamos envolver as pessoas, as escolas, e as instituições para que todos saibam a importância do João do Pulo para o nosso esporte e ajudar a reivindicar a reparação de um erro histórico”, finalizou João Carlos Salgado.

© Marcelo Camargo/Agência Brasil

De janeiro aos primeiros 15 dias de junho deste ano, o hemonúcleo do Instituto Nacional de Câncer (Inca) coletou 4.516 bolsas de sangue e concentrados de plaquetas, um aumento de 6,5% em relação ao obtido em igual período do ano passado, com 4.224 coletas.

O grupo etário jovem, entre 18 e 29 anos de idade, representou 30% do total coletado, com 1.300 doações. Incluindo os doadores adultos jovens de 30 a 39 anos de idade, que foram responsáveis por 1.100 doações, a faixa de 18 a 39 anos respondeu por mais de 50% do sangue e plaquetas coletados.

A informação foi dada nesta segunda-feira (26) por Magda Adorno, tecnologista e farmacêutica bioquímica do Inca, que trabalha na parte de triagem clínica. Foram coletadas, ainda, cerca de 2 mil bolsas de sangue, divididas por doadores nas faixas de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos de idade.

Apesar do aumento registrado, a meta de coletar 70 bolsas por dia não está sendo alcançada, ficando 30% abaixo do necessário, o que dificulta o atendimento aos pacientes em tratamento nas quatro unidades hospitalares do Inca, disse Magda Adorno.

Ela informou que, em média, são coletadas atualmente entre 40 e 45 bolsas de sangue por dia. “Tem dias que está menos. Quando chove muito, quando tem feriado. Nos feriados emendados, tende a diminuir as doações e a frequência aqui também. O comparecimento é menor. Quando tem um feriado no meio da semana, não afeta tanto”.

Cada bolsa pode beneficiar até quatro pessoas, em média. “Porque isso depende das condições do doador. Se o doador toma anti-inflamatório, a gente não pode fazer plaquetas. Aí, não vai atingir quatro pessoas. Vai atingir três pessoas ou duas”, explicou a tecnologista.

Os estoques de sangue precisam ser constantemente abastecidos para atender à demanda, segundo a chefe do Serviço de Hemoterapia do instituto, Iara Motta.

Corrente do Bem

O grupo Corrente de Bem, que reúne moradores de Saquarema, na Região do Lagos, aproveitou o Dia Mundial do Doador de Sangue, no dia 14, e o Junho Vermelho, para mobilizar a cidade a doar sangue no Inca. Fundado no ano passado, o grupo já conta com 700 doadores cadastrados.

A mobilizadora do Corrente de Bem, Rejane Paranhos, informou que o Inca foi priorizado porque ali é possível também fazer o cadastro para doação de medula óssea. Rejane sabe que essa é uma necessidade constante e o grupo quer contribuir de forma ampla para a saúde dos pacientes atendidos pelo instituto, destacou.

Magda Adorno disse que grupos de torcidas organizadas também são doadores do hemonúcleo do Inca, que recebe também doadores de outros municípios fluminenses. O instituto não conta com serviço de transporte nem parceria com empresas de transporte e não dispõe também de serviço de coleta externa.

Podem doar pessoas entre 16 e 69 anos de idade, com peso mínimo de 50 quilos, que estejam bem de saúde. Menores de 18 anos de idade só podem doar sangue com autorização dos pais ou responsáveis legais.

Não é necessário estar em jejum, mas deve-se evitar comer alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação e não ingerir bebidas alcoólicas 12 horas antes.

Dúvidas podem ser tiradas no Serviço de Hemoterapia do Inca nos telefones 21 3207 1580 e 21 3207 1021. Para doar, as pessoas interessadas devem se dirigir à Praça Cruz Vermelha, 23, 2º andar, região central do Rio de Janeiro. O funcionamento do serviço é de segunda-feira a sexta-feira, das 7h30 às 14h30, e aos sábados, das 8h às 12h.

Foto: © Marcelo Camargo/Agência Brasil
Agência Brasil

© Isaac Amorim/MJSP

A estratégia para prevenção do uso de drogas no Brasil terá uma abordagem mais humanizada, voltada para o âmbito social. O problema será encarado como uma questão de saúde, evitando “repressões bélicas” comprovadamente ineficientes.

Tendo por base esta premissa, começou nesta segunda-feira (26) a Semana Nacional de Políticas sobre Drogas, com o tema Política sobre Drogas: Foco nas Pessoas. O evento é promovido pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJ).

Segundo a secretária da Senad, Marta Machado, a ideia do encontro, que reúne em Brasília diversos especialistas no assunto, é pensar a prevenção ao uso de drogas por meio de “políticas voltadas a pessoas”, tendo como foco demandas e vulnerabilidades, em um cenário problematizado por impor obstáculos de acesso a serviços, Justiça e direitos por pessoas que usam drogas, suas famílias e comunidades.

“Falamos, portanto, de uma política sobre drogas que lida com a questão do uso problemático de substâncias como uma questão de saúde, de desenvolvimento social e humano, de direitos humanos, e de equidades racial e de gênero”, explicou a secretária.

Na avaliação de Marta Machado, é necessário olhar de forma integrada para as necessidades das pessoas, com foco no respeito à autonomia, no acesso à informação qualificada, na ampliação do acesso a serviços da rede de saúde e de proteção social, no acesso a direitos, e na promoção de justiça social e de justiça racial.

“As ações para prevenir tanto o uso das drogas quanto um envolvimento com tráfico passam pela ampliação do acesso à moradia; pelo acesso a trabalho e renda; por menos discriminação e mais direitos; por menos racismo e mais justiça racial; por menos violência e mais prevenção; por menos preconceito e mais ciência”, argumentou a secretária.

Metodologias

Iniciativas similares, segundo ela, já foram implementadas em 2013, durante o governo de Dilma Rousseff, por meio de “alguns programas de prevenção, com metodologias validadas internacionalmente, adaptadas para o Brasil, e com a aplicação monitorada para continuar o aperfeiçoamento”

“A Senad, então, apoiou esse movimento que, infelizmente, foi interrompido”, disse ao anunciar a retomada das iniciativas de prevenção e seu “robustecimento” em torno de um Sistema Nacional de Prevenção que consiste em um plano de ação a ser aplicado, inicialmente, em 163 municípios prioritários, no âmbito do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).

Esses municípios que serão o ponto de partida do programa são responsáveis por 50% dos homicídios cometidos em território nacional. “Nossa meta é a de [posteriormente] disseminar isso por todo o país”, acrescentou.

Entre as medidas previstas está a de qualificar informações e profissionais que atuam em prevenção, além da possibilidade de replicação.

“Trata-se da constituição de uma rede de pesquisadores, gestores e especialistas para troca de informações e contínuo monitoramento das políticas de prevenção”, detalhou a secretária.

O sistema de prevenção contará também com uma plataforma virtual que funcionará, segundo ela, como banco de dados, onde gestores e educadores poderão encontrar os materiais dos programas.

Possibilitará também a troca de conhecimentos e boas práticas: “consideramos essencial que os materiais sejam democratizados, com acesso livre e gratuito”. O piloto desse programa será a rede escolar do Ceará.

Unodc

Representando o Escritório sobre Drogas e Crime das Nações Unidas (Unodc), Elena Abbati disse que, segundo relatório da entidade, apenas uma em cada cinco pessoas com transtorno associado a uso de droga recebe tratamento. “As barreiras para acesso ao tratamento são múltiplas”, disse.

Ela explica que, entre os problemas observados para acesso a tratamento, está o fato de as pessoas usuárias de drogas terem de lidar com o estigma e com a discriminação, o que pode comprometer ainda mais a saúde física e mental, além de dificultar o acesso a direitos e serviços.

“Por isso a campanha do Unodc deste ano [People First] ressalta a importância de colocar as pessoas em primeiro lugar, para fortalecer a prevenção”, acrescentou ao defender, também, “práticas baseadas em evidências e em uma cultura de respeito e empatia”.

Marta Machado defendeu um redirecionamento dos “recursos repressivos do Estado”, visando, em vez de repressões à população, o “estrangulamento patrimonial das organizações criminosas”. O alvo, segundo ela, devem ser os “elos mais fortes e de comando” na cadeia do tráfico de drogas.

“Olhamos aqui para um cenário de violência institucional causado por anos de incentivo ao modelo de repressão bélica, altamente ineficiente, e que também tem sido responsável pela vulnerabilização de direitos de pessoas que vivem em territórios periféricos e conflagrados pelo tráfico de drogas”, argumentou.

“É, portanto, preciso ter foco nas pessoas, para que a força bruta do Estado deixa de atingir pessoas inocentes – muitas delas, crianças. A maioria, negras e periféricas que sofrem os efeitos colaterais dessa guerra”, acrescentou.

 

Agência Brasil

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